É possível vencer uma partida de futebol atuando apenas 45 minutos? O Grêmio, clube de façanhas que até Charles Miller duvidaria, mostrou que sim, neste sábado. Mesmo empurrado por 40 mil almas, fez um primeiro tempo irreconhecível, como se não estivesse em campo, com apenas uma finalização contra dez da competente e ousada visitante Ponte Preta. Na etapa final, a redenção e a tão almejada vitória vieram apenas nos acréscimos, já com os gaúchos com um a menos: 1 a 0, gol de André Lima, após quatro empates consecutivos no Brasileirão. O lance gerou polêmica: os paulistas chegaram a reclamar falta do atacante sobre o goleiro na pequena área, contestação refutada pelo árbitro André Luiz de Freitas Castro.
O placar mantém o time tricolor na terceira colocação nesta 34ª rodada, com 63 pontos, mas o leva para mais perto do Atlético-MG. Fica a um ponto, sendo que o Galo ainda joga no domingo, contra o Coritiba. Os três pontos também ajudam a aumentar a série invicta da equipe de Luxa no Brasileirão: já são 11 jogos.
Se a derrota consolida o jejum de 26 anos sem suplantar o Grêmio no Olímpico, em termos de tabela o revés pouco abala a Ponte Preta. Em situação ainda confortável contra o rebaixamento - é a décima, com 43 pontos -, a Macaca terá mais quatro rodadas para alcançar uma vitória e se garantir matematicamente na elite para 2013. No próximo domingo, às 19h30m, receberá o Internacional, no Moisés Lucarelli.O domingo será de mais torcida contra Botafogo, Vasco e Inter. Caso os três rivais percam, o clube gaúcho terá posição assegurada no G-4. Pela 35ª rodada, enfrentará o São Paulo, quarto colocado, em confronto direto por uma vaga na Libertadores da América. O jogo será no Olímpico, às 17h de domingo.
Se a derrota consolida o jejum de 26 anos sem suplantar o Grêmio no Olímpico, em termos de tabela o revés pouco abala a Ponte Preta. Em situação ainda confortável contra o rebaixamento - é a décima, com 43 pontos -, a Macaca terá mais quatro rodadas para alcançar uma vitória e se garantir matematicamente na elite para 2013. No próximo domingo, às 19h30m, receberá o Internacional, no Moisés Lucarelli Paulo, quarto colocado, em confronto direto por uma vaga na Libertadores da América. O jogo será no Olímpico, às 17h de domingo.
Neymar foi o dono da noite na volta do Cruzeiro a Belo Horizonte. O craque comandou a vitória do Santos por 4 a 0 sobre a Raposa, no estádio Independência, marcando três gols e dando o passe para o outro, pela 34ª rodada do Brasileirão. A torcida mineira fez sua parte, comparecendo em bom número, após quatro jogos em Varginha, devido à punição pelos incidentes no clássico contra o Atlético-MG, em agosto, mas viu seu time ser completamente envolvido. A reação natural ao que viu em campo foram aplausos como reconhecimento à ótima atuação do craque rival e vaias para o próprio time.
Neymar comemora um dos três gols que marcou contra o Cruzeiro (Foto: Pedro Vilela / Futura Press)
O resultado inverte a posição dos times na classificação. O Santos sobe do 11º para o nono lugar, agora com 46 pontos e, segundo os matemáticos, livre de qualquer ameaça de rebaixamento. Com 43, a dez do Sport, primeiro colocado da zona da degola, o Cruzeiro faz o caminho contrário e cai da nona para a 11ª posição, ainda sob ameaça remota de descenso.
Os dois times voltam a campo no próximo fim de semana. Sábado, o Santos vai ao Serra Dourada, em Goiânia, onde enfrenta o Atlético-GO, às 19h30m (de Brasília). O Cruzeiro joga domingo, no mesmo horário. Mais uma vez no Independência, recebe o ameaçado Bahia.
Neymar, sempre ele
Mesmo com cara de amistoso, já que os dois times não têm grandes preocupações ou ambições ainda no Brasileiro, Cruzeiro e Santos começaram o jogo animados, correndo muito e buscando as jogadas, respeitando os torcedores no estádio Independência.
A iniciativa do jogo foi da equipe mineira. Com a dupla argentina Montillo e Martinuccio, a boa presença ofensiva de Anselmo Ramon e o apoio dos laterais Ceará e Everton, o Cruzeiro começou em cima, valendo-se das reduzidas dimensões do gramado do Independência e pressionando o Santos em seu campo de defesa. O problema da Raposa na partida foi o que demonstrou em todo o Brasileirão: o baixíssimo número de finalizações.
Acontece que o Santos tem Neymar e, na primeira chance que teve, o craque abriu o placar. O gol do Peixe, porém, teve origem em um erro da arbitragem. A bola saiu de campo, após bater nitidamente em Arouca, mas o lateral foi dado ao Santos. Na sequência, o mesmo volante alvinegro cruzou para Neymar bater rasteiro. A bola passou por baixo das pernas de Rafael Donato, e Fábio nada pôde fazer.
A vantagem do Santos não mudou o perfil tático do Cruzeiro, que continuou buscando o gol. O time praiano, no entanto, passou a ter a arma do contra-ataque com mais frequência e, por duas vezes, não marcou por pouco, com Neymar e Arouca.
Após os 30 minutos, o Cruzeiro se perdeu em campo, e o Santos passou a dominar amplamente as ações. Tanto que, aos 35, Neymar fez mais um. Após falha bisonha de Mateus, que deixou a bola passar por baixo do seu pé numa cobrança de lateral defensiva, André aproveitou dentro da área e rolou para o meio. O craque santista recebeu sozinho, ajeitou e de novo acertou a conclusão entre as pernas de um marcador, desta vez de Leandro Guerreiro. De novo, Fábio nada pôde fazer: 2 a 0.