sábado, 20 de setembro de 2014

Homem de 40 anos morto a tiros no Vila Manhães em Campos

Foto: Filipe Lemos / Campos 24 Horas
Um homem identificado como Washington Luiz Anacleto da Silva, de 40 anos, foi assassinado com tiros de pistola na noite desta sexta-feira(19), por volta das 19h, na Rua Eunísio Guimarães, no bairro Vila Manhães(próximo a Penha), em Campos.

De acordo com a polícia, Washington era ajudante de pedreiro e morava no bairro Novo Jóquei. Um colega de trabalho de Washington informou à polícia que ele havia saído de uma obra minutos antes e não se queixou de ameaças.

Até o fechamento desta matéria, nenhuma testemunha havia sido localizada para dar pistas. Moradores disseram apenas que ouviram tiros e encontraram a vítima caída.

O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) e o homicídio será registrado na 134ª DP/Centro para investigação.
Campos 24 horas/Show Francisco



Jovem assassinado a tiros nesta madrugada em Campos

Foto: Filipe Lemos / Campos 24 Horas
Um jovem foi morto a tiros na madrugada deste sábado (20), por volta das 2h, na Avenida Carmem Carneiro, próximo ao Padaria Nogueira,no Parque Nogueira, em Guarus, Campos.

De acordo com a Polícia Militar, Leonardo da Silva Valério, de 24 anos, estava próximo a um bar bebendo com amigos quando dois homens passaram em uma motocicleta, de cor e modelo, não identificados efetuando vários disparos de arma de fogo.

Ainda segundo a polícia, Leonardo correu, mas foi atingido com tiros nas costas e morreu na hora. A polícia está investigando as causas do crime.

O corpo da vítima foi removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Campos.

O caso foi registrado na 146ª DP/Guarus.
Campos 24 horas/Show Francisco



Semana das eleições pode ter greve dos bancários

Filipe Lemos/Campos 24 Horas
O Comando Nacional dos Bancários rejeitou as propostas apresentadas pela Fenaban nesta sexta-feira(19), na sétima rodada de negociações da campanha salarial 2014, que incluem reajuste de 7% no salário (0,61% de aumento real), na PLR e nos auxílios refeição, alimentação e creche, além de 7,5% no piso (1,08% acima da inflação).A categoria aprovou um calendário de mobilização para pressionar os bancos a apresentarem novas propostas que atendam as expectativas da categoria, apontando para a deflagração de greve por tempo indeterminado a partir de 30 de setembro, na semana das eleições( a votação ocorrerá dia 5 de outubro), com assembleias deliberativas nos dias 25 e 29.

A proposta do bancários, apresentada à Fenaban no início de setembro, é de reajuste de 12,5% (inflação mais 5,4% de aumento real), piso salarial de R$ 2.979,25 e PLR de três salários mais uma parcela adicional de R$ 6.247.Também reivindicam melhores condições de trabalho, com o fim das metas individuais, consideradas abusivas pelo comando nacional.

Segundo os sindicalistas, a categoria bancária é uma das que mais sofre com doenças ocupacionais relacionadas à forma de gestão dos bancos que “apostam numa rotina de metas abusivas e praticam assédio moral para forçar o aumento da produtividade”.

PROPOSTA
Reajuste de 7% (0,61% de aumento real).
Piso portaria após 90 dias – 1.235,14 (7,5% ou 1,08% de aumento real).
Piso escritório após 90 dias – R$ 1.771,73 (1,08% acima da inflação).
Piso caixa/tesouraria após 90 dias – R$ 2.393,33 (salário mais gratificação mais outras verbas de caixa), significando 1,08% de aumento real).
PLR regra básica – 90% do salário mais R$ 1.812,58, limitado a R$ 9.723,61. Se o total ficar abaixo de 5% do lucro líquido, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.391,93.
PLR parcela adicional – 2,2% do lucro líquido dividido linearmente para todos, limitado a R$ 3.625,16.
Antecipação da PLR
Primeira parcela depositada até dez dias após assinatura da Convenção Coletiva e a segunda até 2 de março de 2015.
Regra básica – 54% do salário mais fixo de R$ 1.087,55, limitado a R$ 5.834,16 e ao teto de 12,8% do lucro líquido – o que ocorrer primeiro.
Parcela adicional – 2,2% do lucro líquido do primeiro semestre de 2014, limitado a R$ 1.812,58
Auxílio-refeição – R$ 24,14.
Auxílio-cesta alimentação e 13ª cesta – R$ 425,20.
Auxílio-creche/babá (filhos até 71 meses) – R$ 353,86.
Auxílio-creche/babá (filhos até 83 meses) – R$ 302,71.
Gratificação de compensador de cheques – R$ 137,52.
Requalificação profissional – R$ 1.210,04.
Auxílio-funeral – R$ 811,92.
Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto – R$ 121.072,92.
Campos24 horas/Show Francisco



Zezé Motta hoje no Teatro Trianon

Foto: Divulgação

A atriz campista que conquistou o Brasil festeja seus 50 anos de carreira, neste sábado (20), às 21h, no Teatro Municipal Trianon. Zezé Motta, que completou 70 anos no dia 27 de junho, vai apresentar um belo espetáculo. Os ingressos custam R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia). O espetáculo tem a realização da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima. A classificação indicativa é de 14 anos.

Zezé Motta é a rainha negra do Brasil, a mulher da pele negra que enfrentou a ditadura deste país livre e nua. Zezé é uma atriz de dar orgulho. Seu exercício de interpretar a levou para os melhores palcos, aos melhores filmes criados por aqui, aos cantos escondidos dessa terra através da televisão. Mas tem uma coisa que Zezé Motta faz ainda melhor: cantar.

A cantriz, como ela mesma se chama, recebe este ano, uma série de homenagens, que vão desde um projeto teatral que levará aos palcos a sua história de vida, contada em cima da biografia autorizada, escrita por Rodrigo Murat – e com texto dramatúrgico do próprio autor – a um novo projeto no mercado fonográfico, e retorno às novelas. Zezé atualmente vive a personagem Sebastiana, na novela “Boogie Oogie”, da Rede Globo.

Zezé, a eterna Xica da Silva, traz sua voz poderosa ao Teatro Trianon, na terra onde nasceu. O show em comemoração aos 50 anos de carreira contará ainda, com uma seleção de músicas marcantes, como “Senhora Liberdade”, “Muito Prazer, Zezé”, “Trocando em Miúdos”, “Dores de Amores”, “O Morro Não Engana”, “Crioula”, dentre tantos outras que tornaram Zezé um marco na música popular brasileira. A estrela terá a companhia do percussionista João Bani e dos violonistas Pedro Braga e Zeppa Souza.
Campos24 horas/Show Francisco



Falta de água: MPF pede decretação de estado de calamidade pública

Nova ação é movida contra acordo celebrado entre União e os estados de SP, RJ e MG que levou à diminuição de água para o Rio
Já falta água no Rio de Janeiro. A cidade de São João da Barra é o primeiro município fluminense prejudicado pelo acordo celebrado entre a União e os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que resultou na diminuição do volume de água que chega ao Rio de Janeiro. Diante da situação de calamidade, o Ministério Público Federal (MPF) em Campos dos Goytacazes (RJ) move nova ação civil pública contra a Resolução n° 1309/14 da Agência Nacional de Águas (ANA) que autorizou essa redução de vazão (volume) e pede a decretação de estado de calamidade pública na região banhada pelo rio Paraíba do Sul pelos próximos dois anos.

"O acordo é uma artimanha para mascarar a transposição do rio Paraíba do Sul, que já vem ocorrendo, pois com a desculpa de impacto local, São Paulo já está desviando água da bacia hidrográfica e afetando a quantidade de água que chega ao Rio de Janeiro e região metropolitana, bem como o Norte Fluminense. Na prática, com a resolução, é como se tivessem dado autorização para a transposição sem as formalidades legais e estudos técnicos. Queremos, portanto, a nulidade do acordo e que volte a vazão anterior, devolvendo a mesma quantidade de água para o Rio de Janeiro", alerta o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, autor da ação.

Entenda o acordo

A Resolução ANA 1.309 , de 29 de agosto de 2014, é resultado de acordo costurado entre a União e os três estados do Sudeste afetados pelo problema de falta de água (SP, MG e RJ). O documento autorizou a redução temporária da vazão mínima afluente à barragem de Santa Cecília, no rio Paraíba do Sul, sob argumento de uso prioritário dos recursos hídricos para o consumo humano e a dessedentação de animais.

No entanto, ao possibilitar que São Paulo reduza a vazão do rio Jaguari, o estado do Rio de Janeiro começa a sofrer com a falta de água. A ANA determinou a redução de 5 mil litros por segundo (5m3/s), na vazão do Rio Paraíba do Sul, destinada ao Estado do Rio de Janeiro.

Além da nulidade da resolução, o MPF quer ainda que a ANA tome as medidas necessárias para assegurar o uso prioritário das águas do rio Paraíba do Sul, evitando-se o agravamento do desabastecimento de populações ao longo de sua calha fluvial. As medidas para o enfrentamento da crise hídrica atual deverão, ainda, ser divulgadas para a sociedade.

Já à União Federal e ao Ministério do Meio Ambiente, o procurador da República requer, em sua ação, a decretação do estado de calamidade hídrica nas regiões banhadas pela bacia do Paraíba do Sul pelos próximos dois anos. É pedida ainda a elaboração de novo plano de educação ambiental e de novo plano de recursos hídricos.

Aos outros envolvidos na ação - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) -, o MPF requer que, pelos próximos 24 meses, informem a população e aos órgãos competentes as medidas que estão adotando para enfrentar a crise hídrica atual. É sugerida a aplicação de multa diária de R$ 50 mil, em caso de descumprimento.

Ação anterior contra a transposição
Em maio deste ano, o MPF/RJ moveu ação civil pública contra projeto de transposição do Rio Paraíba do Sul. Para o MPF, o projeto paulista prejudicaria o abastecimento de água no Rio de Janeiro. A ação foi movida contra a União, a ANA, o Estado de São Paulo e o Ibama. A ação, que tramitava na Justiça Federal em Campos, foi declinada para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde será distribuída para um dos onze ministros.

"Entendemos que o acordo que resultou na resolução da ANA teve a finalidade justamente de esvaziar a discussão e camuflar a crise hídrica, tentando induzir o Judiciário ao erro. Temos que impedir a transposição do rio Paraíba do Sul, sob pena de afetarmos milhões de pessoas por conta da negligência dos órgãos responsáveis", pontua o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira.
Terceira Via/Show Francisco



Pátio Norte: Justiça vai examinar argumentos dos réus

O advogado Cleber Tinoco pediu à Justiça, que examine a liminar, demonstrando que os argumentos da defesa não procedem

A ação popular que questiona a legalidade do contrato firmado entre o município de Campos e Pátio Norte chega a um novo estágio. Nesta quinta-feira (18 de setembro), o advogado Cleber Tinoco, responsável pela ação, pediu à Justiça, que examine a liminar, demonstrando que os argumentos da defesa não procedem. A decisão foi tomada depois que os réus (Município, Instituto Municipal de Trânsito e Transporte - IMTT e Pátio Norte) apresentaram defesa.

Tinoco explica que a ação popular apresenta questões como: licitação por modalidade incompatível com o contrato; transferência indevida de poder de polícia para Pátio Norte; inadequação do contrato de concessão de serviços; cobrança de taxas (tributo) sem amparo na lei; inconstitucionalidade dos leilões extrajudiciais

Na ação, foi solicitada a concessão de liminar para impedir a cobrança das taxas de guincho e de guarda dos veículos (diárias); proibir a realização de leilões e para obrigar o Município a retomar os serviços delegados à Pátio Norte. “No entanto, o juiz entendeu por bem ouvir os réus, abrindo prazo para defesa, antes de examinar a liminar requerida”, explica o advogado.

"Agora só nos resta aguardar, torcendo para que o juiz se convença das ilegalidades flagrantes que apontamos na ação popular, impedindo a violação de direitos fundamentais do contribuinte, que não pode ser compelido a pagar taxas sem amparo na lei e a suportar a venda forçada de seu veículo em leilões, e ao mesmo tempo restaure a moralidade e a legalidade, livrando a própria Administração de ter que indenizar os contribuintes lesados", finalizou Tinoco.
Terceira Via/Show Francisco



Criminosa foge da polícia após parto no HPC e abandona bebê

Daniele das Neves Coelho não recebeu alta, mas não estava na unidade. A polícia acredita que funcionários teriam acobertado a paciente
A Polícia Militar foi ao Hospital Plantadores de Cana (HPC) na tarde de sexta-feira (19 de setembro) cumprir um mandado de prisão contra uma mulher que estava internada após dar a luz a uma criança. A mulher, identificada como Daniele das Neves Coelho, de 31 anos, não foi encontrada na unidade e até o momento está foragida. O bebê foi abandonado pela mãe e está sob guarda do Conselho Tutelar.


Segundo informações da Polícia Militar, Daniele possui mandados de prisão expedidos pela 2ª Vara Criminal por participação em vários crimes, como extorsão e sequestro. Nesta sexta-feira (19), a polícia recebeu uma denúncia anônima de que a acusada estaria internada na maternidade do HPC desde terça-feira (16). Quando chegaram à guarita do hospital, o guarda teria ligado para o 3º andar, onde Daniele deveria estar internada, e funcionários informaram que a paciente não estava no local. O Hospital confirmou que a paciente ainda não havia recebido alta.

A mãe de Daniele foi encontrada e disse à PM que a filha teria descido para tirar a certidão de nascimento da criança, mas a informação foi desmentida quando os policiais encontraram a certidão entre os pertences de Daniele no quarto onde ela estava internada.

A polícia acredita que Daniele teria recebido uma ligação informando que os policiais estariam no hospital para prendê-la.

Funcionários do HPC foram autuados pela PM por suspeita de terem acobertado a paciente, seja facilitando a fuga ou escondendo-a no interior da unidade. Eles foram encaminhados à 134ª Delegacia Legal do Centro para prestar esclarecimentos e foram enquadrados pelo artigo 348, de favorecimento pessoal.

Durante a ação, a Polícia Militar verificou e informou à imprensa que a segurança do Hospital Plantadores de Cana seria clandestina, ou seja, não seria feita por uma empresa licenciada para prestar o serviço. A PM disse que o funcionário responsável pela segurança da unidade não teria qualificação para o cargo e teria assumido o fato.

A assessoria de imprensa do HPC afirmou que recentemente foi instalado um sistema de monitoramento em todo hospital. O processo já estava em processo de licitação, mas foi antecipado quando uma enfermeira foi esfaqueada no início deste mês.

Sobre a autuação dos funcionários por suspeita de terem acobertado a foragida, a assessoria disse que eles apenas acompanharam a ação da polícia e não têm envolvimento com o sumiço da paciente.

A assessoria ainda desmentiu que a segurança do hospital é clandestina.

Outro caso - No dia 8 de setembro, uma enfermeira do HPC foi esfaqueada por uma mulher dentro do hospital. A agressora seria a avó de uma criança que teria morrido no hospital e queria se vingar da enfermeira.
Terceira Via/Show Francisco



Polícia identifica autor dos tiros que atingiram vítima na Pelinca

Crime aconteceu na tarde de sexta-feira, quando João Carlos Vieira, de 56 anos, foi atingido por dois tiros na cabeça
Um homem foi baleado na tarde desta sexta-feira (19), na Rua Barão da Lagoa Dourada, no Bairro Pelinca, em Campos. A vítima, João Carlos Vieira, de 56 anos, foi atingida por dois tiros na cabeça em frente ao estacionamento em que trabalha. João foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital Ferreira Machado (HFM), no município. Ele passou por cirurgia e o estado de saúde é considerado grave.

Segundo informações de pessoas que estavam no local, o ex-presidiário Luís Roberto Cruz Viana, o “Bireca” fugiu a pé pela Rua Sacadura Cabral logo após fazer os disparos. Luís Roberto teria enrolado a arma na camisa.

Ele foi identificado pelas câmeras instaladas no comércio local. Segundo a Polícia Militar, a ficha criminal de Luís é extensa, com passagem por homicídio, furto, lesão corporal, embriaguez ao volante, assalto e ameaça.

A primeira passagem aconteceu em 1988, quando ele foi preso por homicídio. A última ocorrência é de março deste ano, após agredir uma mulher. No mês seguinte, Luís já estava solto.

Segundo a polícia, o crime teria como motivação, o fato de a vítima dizer, há três dias, que ia entregar Luís para a polícia, já que ele batia na mulher. Foi quando então recebeu a ameaça de morte que levou ao atentado de hoje
.

Terceira Via/Show Francisco




sexta-feira, 19 de setembro de 2014

5º CAVALGADA E REINAUGURAÇÃO DO RECANTO BELEZA EM SÃO FRANCISCO DE ITABAPOANA RJ

        NESTE DOMINGO, 21 DE SETEMBRO
SAÍDA E CAFÉ DA MANHÃ AS 9:00 HORAS

SHOWS:
AMIGOS DO FORRÓ E JULIO E MAYCOM 
APOIO TOTAL DO BLOG MAIS VISTO DA REGIÃO!

Falta de água: MPF pede decretação de estado de calamidade pública

Nova ação é movida contra acordo celebrado entre União e os estados de SP, RJ e MG que levou à diminuição de água para o Rio

Já falta água no Rio de Janeiro. A cidade de São João da Barra é o primeiro município fluminense prejudicado pelo acordo celebrado entre a União e os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que resultou na diminuição do volume de água que chega ao Rio de Janeiro. Diante da situação de calamidade, o Ministério Público Federal (MPF) em Campos dos Goytacazes (RJ) move nova ação civil pública contra a Resolução n° 1309/14 da Agência Nacional de Águas (ANA) que autorizou essa redução de vazão (volume) e pede a decretação de estado de calamidade pública na região banhada pelo rio Paraíba do Sul pelos próximos dois anos.

"O acordo é uma artimanha para mascarar a transposição do rio Paraíba do Sul, que já vem ocorrendo, pois com a desculpa de impacto local, São Paulo já está desviando água da bacia hidrográfica e afetando a quantidade de água que chega ao Rio de Janeiro e região metropolitana, bem como o Norte Fluminense. Na prática, com a resolução, é como se tivessem dado autorização para a transposição sem as formalidades legais e estudos técnicos. Queremos, portanto, a nulidade do acordo e que volte a vazão anterior, devolvendo a mesma quantidade de água para o Rio de Janeiro", alerta o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, autor da ação.

Entenda o acordo

A Resolução ANA 1.309 , de 29 de agosto de 2014, é resultado de acordo costurado entre a União e os três estados do Sudeste afetados pelo problema de falta de água (SP, MG e RJ). O documento autorizou a redução temporária da vazão mínima afluente à barragem de Santa Cecília, no rio Paraíba do Sul, sob argumento de uso prioritário dos recursos hídricos para o consumo humano e a dessedentação de animais.

No entanto, ao possibilitar que São Paulo reduza a vazão do rio Jaguari, o estado do Rio de Janeiro começa a sofrer com a falta de água. A ANA determinou a redução de 5 mil litros por segundo (5m3/s), na vazão do Rio Paraíba do Sul, destinada ao Estado do Rio de Janeiro.

Além da nulidade da resolução, o MPF quer ainda que a ANA tome as medidas necessárias para assegurar o uso prioritário das águas do rio Paraíba do Sul, evitando-se o agravamento do desabastecimento de populações ao longo de sua calha fluvial. As medidas para o enfrentamento da crise hídrica atual deverão, ainda, ser divulgadas para a sociedade.

Já à União Federal e ao Ministério do Meio Ambiente, o procurador da República requer, em sua ação, a decretação do estado de calamidade hídrica nas regiões banhadas pela bacia do Paraíba do Sul pelos próximos dois anos. É pedida ainda a elaboração de novo plano de educação ambiental e de novo plano de recursos hídricos.

Aos outros envolvidos na ação - Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) -, o MPF requer que, pelos próximos 24 meses, informem a população e aos órgãos competentes as medidas que estão adotando para enfrentar a crise hídrica atual. É sugerida a aplicação de multa diária de R$ 50 mil, em caso de descumprimento.

Ação anterior contra a transposição
Em maio deste ano, o MPF/RJ moveu ação civil pública contra projeto de transposição do Rio Paraíba do Sul. Para o MPF, o projeto paulista prejudicaria o abastecimento de água no Rio de Janeiro. A ação foi movida contra a União, a ANA, o Estado de São Paulo e o Ibama. A ação, que tramitava na Justiça Federal em Campos, foi declinada para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde será distribuída para um dos onze ministros.

"Entendemos que o acordo que resultou na resolução da ANA teve a finalidade justamente de esvaziar a discussão e camuflar a crise hídrica, tentando induzir o Judiciário ao erro. Temos que impedir a transposição do rio Paraíba do Sul, sob pena de afetarmos milhões de pessoas por conta da negligência dos órgãos responsáveis", pontua o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira.


Fonte: Terceira Via/Show Francisco