sábado, 26 de junho de 2021

Cabral e empresários são condenados mais uma vez por corrupção

Agência Brasil

Ex-governador do Rio é condenado a mais de 350 anos de prisão.

O juiz Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal, condenou o ex-governador Sérgio Cabral a mais 16 anos de prisão, além de multa de 533 salários mínimos, por corrupção envolvendo empresas de ônibus. É a 20ª condenação de Cabral e juntas as penas já ultrapassam 350 anos de prisão. A ação, um desdobramento da Lava Jato e resultante da operação Ponto Final 2, também resultou na condenação de outros réus, incluindo o empresário Jacob Barata Filho, conhecido como “o rei dos ônibus”.

Além da decretação de prisão dos réus, Bretas determinou a perda de bens móveis e imóveis de forma solidária entre o grupo, em até R$ 43,4 milhões, incluindo imóveis, veículos e contas bancárias, atingindo Cabral, Barata, João Augusto Monteiro, Rogério Onofre e Dayse Alexandra Neves.

Barata Filho foi condenado a 15 anos, um mês e 20 dias, e foi multado em 593 salários mínimos, devendo cumprir pena em regime fechado, após o trânsito em julgado.

Também foi condenado o ex-presidente do Departamento Estadual de Transportes (Detro) Rogério Onofre, a 40 anos de prisão, em regime fechado, e ao pagamento de 1.172 salários mínimos. O empresário João Augusto Monteiro foi condenado a 11 anos e ao pagamento de 333 salários mínimos, e Dayse Alexandra Neves, a 13 anos de prisão e ao pagamento de 245 salários mínimos.

O juiz decretou também a indisponibilidade de R$ 130,2 milhões, de todo o grupo, visando garantir futura execução, por perda dos produtos dos crimes. Bretas determinou também que poderá recorrer em liberdade quem não estiver preso. Outros réus foram condenados, porém obtiveram vantagens decorrentes de acordos de colaboração premiada, com os termos não revelados na sentença.

O advogado Márcio Delambert, que defende Cabral, se manifestou dizendo que o ex-governador é colaborador da Justiça e já foi condenado pelos mesmos fatos. “É necessário que no julgamento haja compatibilização das garantias constitucionais, para o fim de garantir que todo cidadão brasileiro tenha um julgamento justo e imparcial”, disse Delambert.

A defesa de Barata Filho foi procurada, por meio de sua assessoria, mas informou que não vai se manifestar sobre a condenação. A reportagem não conseguiu contato com as demais defesas. Caso elas se pronunciem, a matéria será atualizada.
Fonte: Agência Brasil

Força-tarefa do Programa de Fórmulas Infantis Especiais entrará numa nova fase

Reprodução

O programa, administrado pelo Departamento de Nutrição da Secretaria de Saúde, assiste crianças com alergia à proteína do leite de vaca.

A força-tarefa criada pela Prefeitura de Campos para otimizar e racionalizar o atendimento aos beneficiários do Programa de Fórmulas Infantis Especiais se prepara para entrar numa nova fase de trabalho. O programa, administrado pelo Departamento de Nutrição da Secretaria de Saúde, assiste crianças com alergia à proteína do leite de vaca. A força-tarde é formada pelo gabinete do vice-prefeito, Frederico Paes, Procuradoria Geral do Município e Secretaria de Saúde.

Paralelo ao recadastramento dos beneficiários, que teve início neste mês, a equipe vai utilizar duas ferramentas para firmar o diagnóstico ou pelo menos se aproximar do diagnóstico correto da alergia alimentar. Segundo o médico alergista Ronald Young, uma das ferramentas é o Teste de Puntura (prick test) e o Teste de Provocação Oral (TPO), que ocorrerá num segundo momento com crianças a serem selecionadas.

O médico explicou que o Teste de Puntura serve como uma triagem inicial, ou seja, separação entre os pacientes com risco de desenvolver reações de hipersensibilidade imediata (anafilática) daqueles que não têm esse risco. “Posteriormente, num momento oportuno, o TPO poderá ser indicado para a confirmação de tolerância ao alimento suspeito, naqueles pacientes sem risco de desenvolverem reações graves, identificados, previamente, pelo Teste de Puntura”.

Segundo Young, dessa forma, a prefeitura vai conseguir distribuir ou manter o fornecimento das fórmulas substitutivas do leite para as crianças que realmente precisam e deixar de fornecer para aquelas que não têm necessidade. “Nosso objetivo é racionalizar e melhorar a qualidade do atendimento”, afirmou.

Ele explicou que o teste cutâneo, que é de leitura imediata, pode ser feito no ambulatório de nutrição, que funciona na própria secretaria. “Já o teste oral, que vai avaliar a hipersensibilidade ao leite de vaca, vamos fazer numa estrutura adequada, que deverá ser a Unidade Pré-Hospitalar (UPH) Guarus”, disse o médico, destacando que a equipe visitou as instalações da UPH nesta sexta-feira (25), onde esteve reunida com a direção de unidade a fim de propor essa parceria para a realização do procedimento. Também participou da reunião a diretora médica da UPH Guarus, Jodineia Melo Maurício Cesário.

O subprocurador Geral do município, Gabriel Rangel, destacou que a informação e o diálogo é intersecretarial são importantes para o bom êxito da gestão pública. “É a primeira das forças-tarefa que deverão ser implementadas no choque de gestão proposto pelo Governo Wladimir Garotinho e Frederico Paes. As mudanças atendem as diretrizes do prefeito e visam otimizar o fluxo de informações nos processos administrativos e judiciais e assegurar uma prestação do serviço mais eficiente”.

Gabriel Rangel ressaltou que os relatórios da força-tarefa serão encaminhados ao Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública, para que sejam adotadas as providências pertinentes.

A coordenadora do Departamento de Nutrição, Fernanda Amaral Lucas, disse que o recadastramento não tem atrapalhado o atendimento às crianças, mesmo as que têm procurado o setor para a primeira consulta.

Segundo ela, a convocação dos beneficiários para o recadastramento é semanal, com publicação no Diário Oficial do Município. O responsável deve apresentar cartão do Sistema Único de Saúde (SUS), comprovantes de residência atualizados e de renda de todos os membros da família, entre outros. “O não comparecimento ao recadastramento acarretará na suspensão da fórmula conforme determina a lei”, afirmou a coordenadora.

Fernanda disse o programa conta com uma equipe multidisciplinar para acompanhamento das crianças. “Aquelas que receberem alta do programa, caso seja constatado que não precisam usar a fórmula, não ficarão desassistidas. Nossa intenção é criar dois polos para atender essas crianças, oferecendo pediatra, gastro, alergista e nutricionista”.

Para a diretora jurídica da secretaria de Saúde, Isabela de Azevedo Ulliam, todos aqueles que estão na administração pública devem ter como norte o bem estar da população. “É neste contexto que se insere o Decreto Municipal nº 203/2021, que tem como escopo racionalizar o programa de alergia alimentar e, por consequência, fazer com que somente aqueles que realmente necessitam recebam as fórmulas especiais, o que, inexoravelmente, terá impacto decisivo na chamada judicialização da saúde, com a diminuição de demandas propostas visando obtenção das fórmulas”.

Fonte: Ascom

Prefeito confirma início da obra do novo Shopping Popular na segunda-feira

Reprodução

O anúncio da obra do novo camelódromo foi feito no último dia 14, durante reunião do prefeito Wladimir Garotinho com representantes da Associação dos Permissionários do Shopping Popular

No início da noite desta sexta-feira (25), o prefeito Wladimir Garotinho confirmou a retomada da obra do Shopping Popular Michel Hadad para a próxima segunda-feira (28).

“É uma notícia muito importante para os trabalhadores do camelódromo. A obra começa na segunda-feira, a partir das 9h da manhã, e vamos devolver a esses trabalhadores a dignidade que eles tanto merecem e precisam, pois são mais de 500 famílias que dependem do trabalho realizado no Shopping Popular, pessoas que dependem do trabalho naquele local para levar o sustento para suas casas. Estamos trabalhando para recuperar, de novo, a alegria de morar em Campos”, declarou o prefeito.

Os permissionários, que hoje atuam no pavilhão provisório construído no Parque Alberto Sampaio, comemoram a retomada da obra no espaço mais moderno e funcional, na Rua Barão do Amazonas.

O anúncio da obra do novo camelódromo foi feito no último dia 14, durante reunião do prefeito Wladimir Garotinho com representantes da Associação dos Permissionários do Shopping Popular (AQUI).
Fonte: Ascom

Mortalidade materna por covid-19 é 2,5 vezes maior que taxa nacional

Epidemiologistas da Fiocruz defendem vacinação de todas as gestantes

Ascom/Informações da agência Brasil.

A taxa de mortalidade da covid-19 entre mulheres grávidas e puérperas é de 7,2% no Brasil. Trata-se de um percentual é 2,5 vezes maior que a taxa nacional de 2,8%. O dado consta no novo boletim editado pelo Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e divulgado hoje (25). Segundo o relatório assinado por pesquisadores e epidemiologistas da instituição científica, o Brasil é o país com o maior número de mortes maternas causadas pela covid-19.

O boletim coloca as gestantes e puérperas como um grupo de preocupação que deve ser priorizado na vacinação, diante da evolução da morte materna a níveis extremamente elevados. Em 2020, o país relatou 560 óbitos pela covid-19 entre esse público. Em 2021, já são 1.156, mais do que o dobro do ano anterior. No mês passado, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) já havia divulgado um estudo no qual se constatou um aumento nas mortes de gestantes e puérperas em 12 países desde o início da pandemia.

“Partimos do pressuposto de que este cenário está relacionado às alterações morfológicas da gestante, quando ocorre uma alteração das estruturas circulatórias para atender à demanda de crescimento fetal", registra o boletim. Em uma edição anterior, os epidemiologistas da Fiocruz já haviam alertado para os riscos de gestantes, sobretudo aquelas que estão em torno de 32 ou 33 semanas de gravidez, evoluírem para formas graves da covid-19 com descompensação respiratória.

A vacinação prioritária das grávidas e puérperas havia sido orientada pelo Ministério da Saúde no final de abril. No entanto, a pasta voltou atrás no início de maio, quando foi notificada de um caso suspeito de reações adversas: uma gestante desenvolveu um grave acidente vascular cerebral e morreu depois de receber a vacina desenvolvida pela Astrazeneca/Oxford.

O Ministério da Saúde abriu investigação sobre o caso e determinou preventivamente a suspensão da vacinação de grávidas sem comorbidades. Manteve-se assim apenas o atendimento às gestantes e puérperas com doenças preexistentes listadas no Plano Nacional de Imunização (PNI). Nesses casos, só deveriam ser usadas outras duas vacinas aprovadas: Coronavac e Pfizer.

Em muitas cidades e estados, no entanto, a imunização para gestantes e puérperas sem comorbidades foi retomada posteriormente por decisão das autoridades locais. Em São Paulo, por exemplo, esse público voltou a ser atendido no dia 7 de junho. Já no Rio de Janeiro, isso ocorreu apenas no início dessa semana. Em Manaus, a vacinação foi retomada no fim do mês passado por ordem judicial em uma ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF). No cenário atual, não há um tratamento homogêneo no país e cada estado tem lidado com a situação de uma forma diferente.

O atendimento de gestantes e puérperas no PNI foi pauta de uma reunião da Câmara Técnica Assessora em Imunizações realizada na última sexta-feira (18), segundo informou o Ministério da Saúde ao Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 846. A pasta, no entanto, ainda não divulgou nenhuma nova recomendação.

Para os pesquisadores e epidemiologistas da Fiocruz, as grávidas e puérperas devem ser consideradas como um grupo de risco independente de comorbidades. Eles sugerem medidas variadas para frear a evolução dos óbitos, como qualificação das consultas de pré-natal, incentivando medidas de distância física, e realização de testes para admissão nas maternidades. "Consideramos fundamental acelerar a vacinação de todas as gestantes e puérperas no estágio atual da pandemia", reitera o boletim.

Panorama

O boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz oferece um panorama geral do cenário epidemiológico reunindo indicadores-chave para o monitoramento da pandemia nos estados e no Distrito Federal. Além dos dados da mortalidade materna, a nova edição agrega informações sobre transmissão comunitária, perfil demográfico dos casos internações e óbitos, ocupação de leitos, avanço da vacinação, entre outros.

O atual relatório é o primeiro após o Brasil superar a marca de 500 mil mortes pela covid-19 e reúne informações do período entre 13 e 19 de junho de 2021. Os dados mostraram que a transmissão comunitária permanece em níveis extremamente elevados em quase todos os estados. As únicas exceções são Espírito Santo e Maranhão, cujos níveis estão classificados como muito altos.

Por outro lado, as taxas de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivas para a covid-19 apresentaram melhora em boa parte do país. É o melhor quadro desde o fim de fevereiro, embora ainda estejam na zona de alerta crítico o Distrito Federal e 14 estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Amapá, Maranhão, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Ceará.

Perfil

Nas últimas semanas, tem havido uma mudança no perfil dos pacientes que demandam leitos, com um percentual maior de faixas etárias mais jovens. Segundo a análise, trata-se de um reflexo da redução da contaminação entre os idosos em decorrência do efeito da vacinação.

O Brasil possui uma taxa de 2.364 mortes por milhão, 4,7 vezes mais que a média global. “O resultado brasileiro foi o pior dentro do grupo de países grandes em termos populacionais. Com cerca de 2,7% da população do mundo, o Brasil contabiliza desde junho cerca de 10% do total de casos registrados no mundo, atingindo em alguns períodos mais de 15% dos casos da doença", registra o boletim.

Os pesquisadores apontam que o enfrentamento à pandemia demanda uma combinação de medidas não-farmacológicas, ações relacionadas ao sistema de saúde e políticas sociais. Eles recomendam distribuição de máscaras, aprimoramento de gestão para evitar desabastecimento de medicamentos e insumos, manutenção de auxílio financeiros às populações mais vulneráveis.

Além disso, indicam maior rigor na restrição das atividades não essenciais, principalmente onde a ocupação de leitos se encontra acima de 85%. Esses medidas envolveriam a proibição de eventos e de atividades presenciais de educação, o fechamentos das praias e bares, a adoção de trabalho remoto sempre que possível, a instituição de barreiras sanitárias em aeroportos e rodoviárias, a ampliação da testagem, entre outras
Fonte: Agência Brasil

Secretaria Estadual de Saúde distribui mais de 600 mil de doses de imunizantes

Destas, 132.450 serão da Janssen, para aplicação em dose única, com distribuição para os 92 municípios do estado



A Secretaria de Estado de Saúde (SES) realiza, neste sábado (26.06), a entrega de 605.920 doses das vacinas contra a Covid-19. Dessas, 132.450 serão da Janssen, para aplicação em dose única, com distribuição para os 92 municípios do estado. Além disso, também serão distribuídas 200.070 vacinas da Pfizer (para primeira dose); e 273.400 doses de CoronaVac (136.700 para primeira dose e 136.700 para segunda dose). A operação de distribuição será realizada com helicópteros, caminhões e vans.

A partir das 7h, comboios de vans e caminhões saem da Coordenação Geral de Armazenagem (CGA) da SES, para entrega dos imunizantes para 34 municípios, com escolta da Polícia Militar. Às 8h, as secretarias municipais de Saúde de Niterói, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Maricá e Itaboraí fazem a retirada dos imunizantes diretamente na CGA. Às 9h30, três helicópteros decolam levando as vacinas para as regiões da Costa Verde, Norte e Noroeste, sendo uma aeronave da Saúde, uma da Polícia Civil e uma da Polícia Militar.

“É a primeira vez que o Ministério da Saúde envia a vacina da Janssen. A distribuição para os 92 municípios foi definida em reunião do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (Cosems). Esta vacina é administrada em dose única, mas as demais disponíveis necessitam da aplicação das duas doses para alcançarem a eficácia demonstrada nos estudos. Além disso, vale reforçar que todas as vacinas disponíveis são eficazes contra as variantes identificadas até o momento – explica o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.

Assim como nas entregas anteriores, a SES enviará ofício para as Secretarias Municipais reforçando a importância de que os responsáveis técnicos e gestores municipais organizem suas ações de vacinação, priorizando os grupos elencados no Programa Nacional de Imunizações (PNI), e respeitando as doses que são destinadas para a primeira ou segunda aplicação. Neste caso, os municípios são responsáveis por guardarem metade do quantitativo de doses da CoronaVac que receberem para aplicação da segunda dose. A SES reitera que não há reserva técnica para reposição das vacinas, caso a administração das doses não siga o especificado, e destaca ainda que a gestão da aplicação das doses e o registro são de competência municipal.

Governo do Estado do Rio de Janeiro

Justiça condena cinco réus por roubo com privação de liberdade do empreiteiro Cristiano Tinoco e sua esposa

Sentença garante que a pena de 14 anos seja cumprida em regime fechado, pelo alto grau de periculosidade dos criminosos

BLOG DOS JORNALISTAS

Amigo da família e morador do mesmo condomínio da vítima, José Maurício Ferreira dos Santos Júnior foi condenado por planejar o sequestro. (Foto: Reprodução/redes sociais)

A Justiça condenou – em regime fechado – cinco acusados pelo roubo com privação de liberdade do empreiteiro Cristiano Tinoco e de sua esposa, ocorrido no dia 3 de dezembro de 2018, em Campos. Entre os condenados está o empresário José Maurício Ferreira dos Santos Júnior, que era amigo das vítimas e foi sentenciado a uma pena de 14 anos de prisão. A sentença foi proferida no dia 17 de junho de 2021, pelo juiz Wycliffe de Melo Couto, da 1ª Vara Criminal de Campos.

De acordo com a decisão judicial, José Maurício utilizou de sua intimidade com as vítimas para facilitar a prática criminosa “de modo a revelar frieza e censurabilidade”. Na ocasião foram roubados aproximadamente R$ 200 mil, além de um relógio rolex avaliado em R$ 35 mil, além de outras jóias e artigos de luxo, como bolsas, roupas e tênis. Cristiano é irmão do empresário César Tinoco que, na época do crime, era chefe de gabinete do então prefeito de Campos, Rafael Diniz.

A condenação se aplica também aos réus Carlos José Gonçalves do Espírito Santo, Marven Chagas Batista, Junio dos Santos da Costa e André Ângelo Monteiro.

A sentença impede que os criminosos recorram a instâncias superiores da justiças em liberdade. “Considerando que os réus ficaram presos cautelarmente durante toda a instrução, não parece razoável, diante do incremento dos indícios de culpa, que possam recorrer em liberdade, até porque permanecem presentes os requisitos cautelares da prisão, notadamente para a garantia da ordem pública, diante da gravidade concreta do crime, praticado com emprego de arma de fogo, em concurso de agentes e com privação da liberdade das vítimas, que relataram profundo medo dos réu e que temem por suas vidas, de forma a revelar suas periculosidades e real risco de reiteração criminosa, razão pela qual mantenho as prisões preventivas dos réus”, justificou o juiz.

O assalto — Cristiano Tinoco foi abordado no Parque Santo Amaro, na tarde do dia 3 de dezembro de 2018, por dois homens que o chamaram pelo nome. Depois de rendido, a vítima foi colocada em um carro e levada até o trevo da Estrada do Contorno, onde encontraram um terceiro criminoso.

Os três, então, levaram Cristiano até sua residência, em outro condomínio localizado no Parque Rodoviário, onde a esposa do empreiteiro também virou refém. Os bandidos exigiram R$ 1 milhão em dinheiro para libertar as vítimas.

Como o casal não tinha a quantia em casa, negociaram o valor e fizeram contato com um amigo, que levou cerca de R$ 200 mil à casa das vítimas. O grupo pegou o dinheiro e fugiu no carro de Cristiano, uma picape Toyota Hilux SW 4, que foi abandonada durante a fuga.

Uma pergunta dos criminosos a respeito de um relógio Rolex, possuído pela vítima, levantou suspeita sobre a participação de José Maurício na ação, já que ele próprio havia questionado à vítima sobre o acessório de luxo.

As prisões – No dia 3 de janeiro de 2019, Carlos José Gonçalves do Espírito Santo – conhecido como Cacá – foi preso na praia de Grussaí, em São João da Barra. No dia 17, outro envolvido no crime, Marven Chagas foi preso em Conceição do Jacuípe, na Bahia. Ele fugiu de um cerco policial montado nos Estados do Rio de Janeiro, do Espírito Santo e de Minas Gerais, mas acabou detido e confessou participação no sequestro.

Já no dia 24 de janeiro de 2019, a Polícia Civil promoveu a operação Avaritia, quando José Maurício foi preso no condomínio Sonho Dourado, no Shopping Estrada, onde morava. Junio Santos da Costa e André Ângelo Monteiro, foram detidos na mesma operação, respectivamente, no Parque Leopoldina e no Parque Nova Campos, em Guarus.

Procon-RJ realizará Mutirão de Negociação de Dívidas do Transporte Escolar com Bancos

BLOG DO CLÁUDIO ANDRADE

O Procon Estadual do Rio de janeiro irá promover um novo mutirão virtual de negociação de dívidas. Após realizar eventos com a participação de instituições de ensino e as principais concessionárias de serviço público que atuam no estado, o novo mutirão tem como foco os profissionais do transporte escolar. O mutirão vai ajudar as pessoas físicas e jurídicas que possuem veículos de transporte escolar financiados, que estão com parcelas em atraso, já que o setor foi duramente afetado pela pandemia. Aqueles que desejam negociar os débitos poderão se inscrever entre os dias 25 e 30/06, preenchendo o formulário online: https://forms.gle/B1uUUeizwMQeWDan7 .

Devido às medidas restritivas impostas em 2020, como a suspensão das aulas presenciais e o ensino híbrido, muitos pais rescindiram o contrato com as empresas que realizam transporte escolar, afetando diretamente o setor, que teve queda ou perda significativa de receita. Muitos proprietários de veículos de transporte escolar não estão conseguindo arcar com o pagamento do financiamento junto às instituições bancárias e buscaram o auxílio do Procon-RJ, bem como os consumidores que dependem desse serviço.

“É imprescindível ajudarmos este setor que sofreu drasticamente com a pandemia e que oferece um serviço tão importante. Os problemas relatados pelos motoristas são preocupantes, pois a inadimplência pode gerar uma reação em cadeia que afetam os profissionais que transportam os alunos e ao mesmo tempo o consumidor que depende da disponibilidade do serviço com o retorno das aulas presenciais”, observou o presidente do Procon-RJ, Cássio Coelho.

É fato também que a vacinação no estado do Rio de Janeiro aos profissionais de educação está sendo acelerada, e a expectativa com a imunização é a retomada presencial das atividades escolares, e por conseguinte, do transporte escolar.

As negociações acontecerão virtualmente entre os dias 12 e 13 de julho por intermédio de um servidor da autarquia. Todas as instituições convidadas, que aceitarem participar do evento, assinarão um termo se comprometendo a realizar negociação mais favorável e com melhores condições das que são regularmente oferecidas aos consumidores em suas agências.

Prefeito de Santo Antônio de Pádua responde na justiça por improbidade administrativa no serviço público de ônibus

Investigação aponta que Paulo Roberto Pinheiro teria favorecido o contrato de empresa de seu interesse para o transporte público


Prefeitura de Santo Antônio de Pádua – Foto: divulgação

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva no Núcleo Santo Antônio de Pádua, ajuizou, esta semana, ação civil pública por ato de improbidade administrativa em face do prefeito de Santo Antônio de Pádua, Paulo Roberto Pinheiro Pinto. Após instrução do inquérito civil nº 008/2021, instaurado em abril de 2021, verificou-se que o prefeito, desde antes de assumir seu mandato, em janeiro de 2021, e ainda no período eleitoral, fez reuniões com motoristas de vans, permissionários do transporte alternativo. Nos encontros, Paulo Roberto afirmava seu desejo de suspender o contrato de concessão do serviço público de transporte coletivo de passageiros por ônibus no município, firmado com a Autoviação Rio Pomba Ltda, para colocar nova concessionária, indicada por ele, no lugar.

E essa proposta foi, de fato, concretizada. Uma vez no cargo, o prefeito de Santo Antônio de Pádua suspendeu, em 8 de abril de 2021, o contrato nº 023/2012, de concessão do serviço à citada Autoviação, sem que houvesse qualquer procedimento administrativo prévio a lhe dar suporte fático e jurídico. Nesta mesma data, instaurou um procedimento administrativo de contratação emergencial, com dispensa de licitação, de uma nova sociedade empresária. Além da dispensa de licitação ter se baseado em uma situação de emergência fabricada, o processo administrativo foi fraudado, com a juntada de pesquisa mercadológica falsa, com a inclusão de falsos ‘concorrentes ‘, de forma a tornar vencedora da contratação emergencial o empresário escolhido por Paulo Roberto.

Aponta a ACP que o empresário contratado, Rodolfo Pinto Vinhosa – ME, assim como a sociedade empresária subcontratada por ele, a Autoviação Unidos Pádua Ltda, têm como integrantes justamente os motoristas de vans, permissionários do transporte alternativo, que estiveram nas reuniões com o prefeito, realizadas para organizar as condutas ilícitas acima narradas. Além disso, o MPRJ pontua que, considerando que o contrato anterior de concessão do serviço de transporte coletivo, legitimamente concedido, foi sumariamente suspenso, com a substituição por contrato ilícito com empresários indicados, a Promotoria local requereu tutela de urgência antecipada à 2ª Vara Cível de Santo Antônio de Pádua, para suspender os efeitos dos atos administrativos do prefeito, retornando a concessão do serviço à Autoviação Rio Pomba Ltda.

Ascom MP

Troca de acusações entre vereadores vai parar no Conselho de Ética da Câmara

O clima é de tensão entre Marquinho Bacellar (SD) e o presidente do Legislativo Municipal, Fábio Ribeiro (PSD)


Tensões entre Fábio Ribeiro e Marquinho Bacellar (Fotos; Arquivo)

O vereador Marquinho Bacellar (Solidariedade) foi denunciado no Conselho de Ética da Câmara de Vereadores de Campos dos Goytacazes pelo presidente do Legislativo, Fábio Ribeiro (PSD) por suposta ofensa moral praticada por Bacellar. O vereador também requereu no mesmo Conselho, pedidos de afastamento de Fábio Ribeiro e do parlamentar Juninho Virgílio (PROS), por suposta quebra de decoro.

Em um vídeo divulgado em redes sociais, Marquinho Bacellar diz que o presidente da Câmara Municipal é “covarde, despreparado, opressor e autor de regalias para a base governista”. Menciona processos que, segundo ele, envolvem desvios de recursos milionários relacionados ao PreviCampos e à empresa Nova Rio com suposta participação de Fábio.

Marquinho Bacellar requereu em documento de seis páginas nesta sexta-feira (25) no Conselho de Ética, presidido pelo vereador Kassiano Tavares (PSD), pedido de afastamento de Fábio Ribeiro e do vereador Juninho Virgílio (PROS) por suposta quebra de decoro parlamentar destes. Bacellar também levou o pedido à Corregedoria da Casa. Por sua vez, de acordo com assessores ligados ao presidente da CMCG, Fábio Ribeiro chegou a cogitar mover uma ação cível/ criminal contra o representante do partido Solidariedade.

A reportagem procurou pelos dois vereadores envolvidos em trocas de acusações e ofensas. Por meio de sua assessoria, Marquinho Bacellar disse apenas que “não quis silenciar ninguém, mas garantir que lhe fosse dado o direito de se manifestar”. Até a publicação desta matéria, Fábio Ribeiro não tinha se pronunciado.

Especialistas em regimento interno da Câmara Municipal alegam que Marquinho Bacellar pode sofrer censura pública, ser afastado do Legislativo de 30 a 90 dias, e até ficar sem salário, caso sua suspensão seja acatada pelo Conselho de Ética.

Em vídeo divulgado em redes sociais como o Facebook, Marquinho Bacellar afirmou:

“Eu vim aqui olhar nos olhos dele e dizer que ele é um covarde e despreparado, que ele não merece estar na cadeira de presidente desta Casa. Fora isso, o senhor tem sido um covarde, tem dado regalias aos vereadores da base do governo e oprimindo os vereadores da oposição. Não só na sessão, onde o senhor deixa vereador de base ofender vereador de oposição sem dar direito de resposta, onde o senhor corta a palavra de vereador de oposição. No dia a dia, você proíbe a entrada de assessores de vereadores de oposição”, diz trecho da gravação.

Fonte Terceira Via

Mapa de Risco Covid-19: Estado do Rio de Janeiro permanece com baixo risco de contaminação e segue na bandeira amarela

Noroeste do estado, no entanto, permanece na fase vermelha com alto risco de contaminação da Covid-19

(Foto: Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro)

A 36ª edição do Mapa de Risco da Covid-19, divulgada na sexta-feira (25) pela Secretaria de Estado de Saúde, mostra que o estado do Rio de Janeiro permanece com risco baixo de contrair a doença, com bandeira amarela. O estado manteve o mesmo cenário epidemiológico da semana passada.

As regiões Noroeste Fluminense e Baía da Ilha Grande permanecem com bandeira vermelha (risco alto). Centro-Sul e Metropolitana I estão em bandeira laranja (risco moderado). Médio Paraíba, Serrana, Baixada Litorânea, Norte e Metropolitana II seguem com bandeira amarela.

A análise compara a semana epidemiológica 23 (6 a 12 de junho) com 21 (23 a 29 de maio) de 2021.

“Mesmo com a queda nos indicadores, é importante reforçarmos que a população precisa continuar se vacinando e seguindo as medidas de enfrentamento, como uso de máscara e álcool em gel, lavagem das mãos e evitar aglomerações. Neste momento, ainda não temos uma parcela importante da população imunizada. Por isso, mesmo quem já se vacinou deve manter as medidas de precaução recomendadas”, diz o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Chieppe.

Cada bandeira representa um nível de risco e um conjunto de recomendações de isolamento social, que variam entre as cores roxa (risco muito alto), vermelha (risco alto), laranja (risco moderado), amarela (risco baixo) e verde (risco muito baixo).

O Estado do Rio de Janeiro apresentou uma redução de 26% no número de óbitos, e as internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) caíram 35% na comparação entre as semanas epidemiológicas analisadas. As taxas de ocupação de leitos no estado, nesta sexta-feira (25), são 63% para leitos de UTI e 44% para leitos de enfermaria.

Os resultados apurados para os indicadores apresentados devem auxiliar a tomada de decisão, além de informar a necessidade de adoção de medidas restritivas, conforme o nível de risco de cada região.

Governo do Estado do Rio de Janeiro

GNA é eleita uma das melhores empresas para mulheres trabalharem no Brasil


A companhia foi a única do setor de energia a receber o prêmio GPTW Mulher, que reconhece empresas que estimulam a liderança feminina e a equidade de gênero

A GNA, Gás Natural Açu, joint venture formada pela Prumo Logística, bp, Siemens e SPIC Brasil, foi premiada como uma das melhores empresas para mulheres trabalharem no Brasil, segundo o prêmio GPTW Mulher, uma iniciativa da consultoria GPTW (Great Place to Work).

Em sua quinta edição, mais de 600 empresas se inscreveram no ranking. Desse total, 70 foram premiadas, divididas entre 35 companhias de médio e grande porte. A GNA ocupou a 7a. posição entre as concorrentes de médio porte e foi a única do setor de energia a receber o prêmio. O anúncio das vencedoras ocorreu na última quinta-feira (24/06), no RH Summit, maior evento online de profissionais de Recursos Humanos da América Latina.

Ainda neste ano, a GNA ficou entre as vencedoras da primeira edição do Prêmio Destaque Energia 2020, do GPTW, que reconhece as empresas do setor energia com a melhor gestão de clima.

“Receber esse prêmio na semana em que celebramos o Dia Internacional da Mulher Engenheira é muito significativo para nós, pois é um reconhecimento de nossos esforços em construir um ambiente de trabalho cada vez mais diverso, com equidade de gênero e tolerância zero a qualquer tipo de assédio, em um setor ainda majoritariamente masculino. Sei que ainda temos muito a avançar, mas hoje tenho a honra em falar que a construção dos nossos empreendimentos contou com a participação ativa de muitas mulheres”, afirma Bernardo Perseke, Diretor-Presidente da GNA.

Desde o início de suas atividades, a GNA desenvolve ações que contribuem para a equidade de gênero e a valorização das mulheres no setor de energia. E esse resultado é percebido nos números da empresa: atualmente, a GNA conta com um quadro de funcionários composto por 47% mulheres, sendo que 28% do time feminino está em cargos de liderança.

Ao longo dos anos, a companhia vem desenvolvendo várias ações que visam promover a diversidade no ambiente corporativo e nas obras. Em 2018, lançou um Programa de Qualificação Profissional com objetivo de qualificar os moradores de São João da Barra e região e ampliar a oferta de mão de obra qualificada. A empresa incentivou a participação de mulheres e, como resultado, alcançou 20% de inscrições femininas. Com isso, a GNA criou uma turma de solda exclusiva para mulheres e promoveu a contratação de todas elas em suas obras. Ao todo, mais de 600 mulheres trabalharam na construção dos empreendimentos da GNA, ampliando a diversidade e inclusão de gênero no mercado de trabalho na região.

Outras ações

A GNA teve o seu Programa de Combate à Violência de Gênero escolhido como case study pela IFC, membro do Grupo Banco Mundial e uma das financiadoras do projeto. Recentemente, a empresa se tornou signatária do WEP – Women Empowerment Principles (em português: Princípios de Empoderamento das Mulheres), uma iniciativa criada pela ONU Mulheres e pelo Pacto Global da ONU.

A GNA ainda apoiou o empreendedorismo de mulheres no município de São João da Barra. Em parceria com a Rede Mulher Empreendedora, promoveu “Ela Pode”, direcionada ao empoderamento de mulheres que buscam empreender no mercado de trabalho, abordando temas como liderança feminina, técnicas de negociação, imagem pessoal e finanças. As participantes também foram contempladas com oficinas de empregabilidade, com atividades voltadas à elaboração de currículos e técnicas de entrevista de emprego. Além disso, em parceria com a prefeitura de São João da Barra foram realizadas rodas de conversa sobre violência doméstica, equidade de gênero e diversidade.

Sobre a GNA

A GNA está construindo em São João da Barra, no interior do Rio de Janeiro, o maior Parque Termelétrico a gás da América Latina. O projeto compreende na implantação de duas térmicas movidas a gás natural (GNA I e GNA II) que, em conjunto, alcançarão 3 GW de capacidade instalada. Juntas, elas irão gerar energia suficiente para atender cerca de 14 milhões de residências. Além das térmicas, o projeto compreende um Terminal de Regaseificação de GNL (Gás Natural Liquefeito), de 21 milhões de metros cúbicos/dia. O investimento total no projeto é de cerca de R$ 10 bilhões.

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sexta-feira, 25 de junho de 2021

Empresa de Cingapura que receberia pagamento antecipado de R$ 220 milhões por Covaxin está sediada em escritório de contabilidade

Sede em cingapura da empresa Madison Bioech, empresa usada para tentar receber antecipadamente US$ 45 milhões da compra da vacina indiana Covaxin Foto: Agência O Globo / Bárbara Nascimento
Bárbara Nascimento e Paulo Cappelli

A empresa Madison Biotech, sediada em Cingapura, entrou na mira da CPI da Covid após um servidor público revelar, em entrevista ao GLOBO, que a companhia receberia um pagamento antecipado de R$ 222,6 milhões do Ministério da Saúde para importar a vacina Covaxin. A reportagem do GLOBO esteve no endereço informado pela Madison Biotech — e constatou que no local funciona, na verdade, um escritório de contabilidade.

A história tem origem no interesse do Brasil pela compra da vacina Covaxin no final do ano passado. Depois de alguns meses de negociação, no dia 25 de fevereiro, foi assinado um contrato de importação de R$ 1,6 bilhão para a compra de 20 milhões de doses do imunizante, fabricado pela farmacêutica indiana Bharat Biotech, que é representada no Brasil pela Precisa Medicamentos.

O negócio chamou a atenção do servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda, que prestará depoimento nesta sexta-feira na CPI da Covid. Em entrevista exclusiva ao GLOBO, ele contou que se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro em março e listou uma série de suspeitas de irregularidades no processo de importação da Covaxin. A principal delas teria relação com com um documento em que era previsto o pagamento antecipado de US$ 45 milhões (R$ 222,6 milhões) para a Madison Biotech, que não faria parte do contrato assinado entre o Ministério da Saúde e a Precisa, representante da Bharat no Brasil.

O GLOBO foi em busca dos representantes da Madison em Cingapura. O registro da empresa informa que ela funcionaria numa sala em um pequeno prédio comercial de dois andares no 31 Cantonment Road, no bairro de Tanjong Pagar, um distrito histórico perto do setor financeiro. No local, uma sala de acupuntura funciona no andar superior. No piso inferior, uma placa estampa o nome Sashi Kala Devi Associates, um escritório de contabilidade e auditoria com 40 anos de existência.

Lá, uma mulher que se identificou como Sashi afirmou conhecer a Madison, mas disse que não poderia responder por ela. Sashi contou que seu escritório dá suporte a empresas que estão se instalando em Cingapura e afirmou que está prestando serviço para a Madison.

— Nós estamos dando suporte a eles com tudo isso, com o que eles nos dão instruções. Eles vão montar seu próprio escritório, mas não conseguiram vir para Cingapura e contratar as pessoas por conta do fechamento das fronteiras — disse Sashi.

A mesma versão foi dada pelo vice-presidente do Bharat Biontech, Srinivas Vellimedu. Ele sustenta que a Madison Biotech Pte Ltd é uma associada do laboratório.

— Ela atua como uma empresa internacional de compras e marketing para a Bharat Biotech. Todas as transações feitas entre as duas empresas sempre foram destinadas a estar em conformidade com as regras e regulamentos do país e serão realizadas em condições normais de mercado — disse Vellimedu.

Vellimedu pontuou, contudo, que a empresa já está operando, ainda que não tenha conseguido enviar fisicamente sua equipe para Cingapura. Ele afirmou ainda que há um diretor da empresa no país, mas não quis revelar o nome. Ao ser questionado sobre os detalhes do contrato com o Brasil, o vice-presidente se limitou a responder que a equipe responsável entraria em contato. O GLOBO procurou formalmente a assessoria de imprensa da empresa, mas não obteve resposta.

Criada em 14 de fevereiro de 2020, a Madison possui em seu quadro de diretores pessoas ligadas à Bharat Biotech. Uma delas é Krishna Murthy, fundador e presidente da fabricante da Covaxin. A outra é Rchaes Ella, responsável por desenvolver pesquisas de imunizantes.

Consulta ao site oficial do órgão do governo de Cingapura responsável pelo registro de empresas, mostra que a Madison informa ser especializada em "venda por atacado de medicamentos farmacêuticos (Ocidente)". A companhia, que tem sede num distrito histórico da região central de Cingapura, não preencheu os campos "retorno anual", "reunião geral anual" nem registrou "demonstrações financeiras".

Para o consultor Samir Choaib, especialista em direito tributário, o mero fato de a Madison estar sediada em Cingapura não é um indício de irregularidade.

— Cingapura é considerado um paraíso fiscal, concede benefícios fiscais e não é tão rigoroso com quebra de sigilo. É uma jurisdição mais favorável à preservação de sigilo. Mas não se pode dizer que estar em paraíso fiscal é indício de corrupção, pois pode se desfrutar de benefícios fiscais de forma lícita. Tem que se verificar caso a caso, embora empresas mal-intencionadas possam recorrer a paraísos fiscais para dificultar investigações — afirma Choaib.

CRONOLOGIA

A assinatura do contrato entre o Ministério da Saúde e a Bharat Biotech tem início após uma carta enviada pelo presidente Jair Bolsonaro ao primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, em oito de janeiro, anunciando que o Brasil havia selecionado o Covaxin no Programa Nacional de Imunização. Na ocasião, a Anvisa sequer havia analisado a vacina indiana. Dois dias antes de Bolsonaro escrever a carta, o empresário Francisco Maximiano, presidente da Precisa Medicamentos, esteve na Índia com representantes da Bharat Biotech, em uma viagem na qual foi acompanhado do embaixador do Brasil naquele país, André Aranha Correa do Lago.

Na viagem, Maximiano afirmou que a parceria com a Bharat seria uma forma de quebrar o oligopólio da Pfizer, Sanofi e GSK no mercado de vacinas no Brasil e afirmou que pretendia criar uma joint-venture entre sua farmacêutica e a empresa indiana. Apesar de o imunizante Covaxin ser fabricado totalmente na Índia, pelo acordo estabelecido a Precisa ficaria encarregada da distribuição no Brasil, prática que difere da frimada em contratos com as demais vacinas adquiridas pelo governo federal. Até o momento, não se sabe qual a parte que a Precisa levará do contrato de R$ 1,6 bilhão firmado entre o Ministério da Saúde e a Bharat Biotech.

No dia 18 de janeiro, dez dias após a carta de Bolsonaro a Modi, o Ministério da Saúde entra em contato com Maximiano, informando a disposição em iniciar tratativas comerciais. No dia três de fevereiro, o Ministério da Saúde envia à Precisa solicitação da minuta de contrato de compra e venda. Oito dias depois, a farmacêutica brasileira indaga a quantidade de doses de Covaxin necessárias. O ofício é respondido no mesmo dia pela pasta, informando o total de 20 milhões de doses.

Em 18 de fevereiro, houve uma reunião técnica para a discussão dos termos de contrato, e a publicação de dispensa de licitação. Uma semana depois, o contrato foi assinado. Em cinco de março, Maximiano viaja novamente à Índia para nova reunião com representantes da Bharat Biotech.

No dia seis de março, o Ministério da Saúde pede à Precisa para aumentar o número de doses de Covaxin. Das 20 milhões pedidas inicialmente, a quantidade passou para 50 milhões. Apesar do empenho brasileiro para adquirir as doses de Covaxin, a agência reguladora indiana não liberou a documentação necessária para que a Anvisa aprovasse a importação do imunizante. Os papéis garantiriam a eficácia e a segurança da vacina.

Por isso, no dia 26 de março o Ministério das Relações Exteriores entrou em contato com a embaixada brasileira na Índia e "roga providências" para que o Itamaraty atuasse junto à agência reguladora indiana para liberar a documentação necessária. Como a documentação não foi liberada a tempo, no dia 29 de março, a Anvisa negou "pedido de boas práticas" à Covaxin e, dois dias depois, não autorizou a importação do imunizante.

No dia sete de abril, um telegrama reservado do embaixador brasileiro na Índia, em posse da CPI da Covid e obtido pelo GLOBO, informa ao Ministério das Relações Exteriores que a agência reguladora indiana não estava "respondendo satisfatoriamente", impondo dificuldade até mesmo para marcar reuniões para discutir a questão. E informou o diálogo com autoridades indianas:

"Não obstante a decisão tomada pela Anvisa de negar o primeiro pedido de importação emergencial da Covaxin pelo Ministério da Saúde, permanece o interesse da agência brasileira em manter diálogo com sua contraparte indiana e em eventualmente receber informações técnicas adicionais sobre a vacina produzida pela Bharat Biotech, com vistas a possível reexame no futuro". No dia 14 de maio, a Anvisa aprovou a importação do medicamento, com restrições.

Representante da Covaxin no Brasil, a Precisa afirmaou ao GLOBO que a Madison Biotech é uma subsidiária da Bharat Biotech. Não informou, contudo, por que foi necessário o intermédio de outra empresa, com sede em Cingapura, para fechar a negociação. O GLOBO entrou em contato com a Bharat Biotech, mas não teve retorno para essa pergunta e nem sobre o valor que será destinado à Precisa na negociação.
Extra/Show Francisco

Caso Lázaro: saiba como fazendeiro e caseiro presos ajudariam o serial killer durante fuga

 

Lázaro Barbosa Sousa é procurado pela polícia 
Foto: Reprodução

O fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, de 75 anos, e o caseiro Alain Reis de Santana, de 33, presos nesta quinta-feira por suspeita de acobertarem Lázaro Barbosa Sousa, cozinhariam para o criminoso e dariam abrigo para ele, informou o portal de notícias "Metrópoles". De acordo com a reportagem, quando os policiais chegaram à fazenda de Elmi em Girassol, distrito de Cocalzinho de Goiás, viram uma pessoa saindo da mata. Ao perguntarem ao caseiro quem era, ele teria dito tratar-se de Lázaro, que conseguiu fugir.

Em seguida, os agentes perguntaram se havia armas na casa e ele informou sobre duas e as mostrou, além de 49 balas de calibre 22. Segundo o "Metrópoles", foi constatado que uma das armas é de ar comprido e a outra foi adaptada para dar tiros com munição calibre 22. O caseiro teria dito ainda que Lázaro estava passando as noites na residência havia mais de cinco dias e que o viu diversas vezes, inclusive quando estava com uma espingarda e um celular.

Alain também teria informado que Lázaro almoçava e jantava na sede da fazenda com o consentimento de Elmi. E que em uma ocasião ouviu o fazendeiro gritar em direção à mata: "Vem almoçar, Lázaro!". O caseiro também teria dito que durante a noite, quando a fazenda ficava vazia, Elmi gritava: "A porta vai ficar aberta!".

Outra declaração de Alain seria de ter visto Lázaro chegar machucado à fazenda, há uma semana — atualmente ele já estaria recuperado —, e teria questionado Emil sobre a presença do criminoso no local. O fazendeiro teria dito que o caseiro estava "imaginando coisas".

A informação de que mãe do criminoso trabalhou como caseira para o fazendeiro também teria sido confirmada por Alain. O caseiro teria dito ainda que Elmi ajudou financeiramente a família de Lázaro no período em que ele esteve preso.

A reportagem traz ainda a informação de que cães farejadores da policícia estiveram na fazenda e um deles teria constatado a presença do criminoso no local.

Procurado, o advogado de Elmi e Alain, Ilvan Silva Barbosa, disse que os clientes são inocentes e alegou ainda que, aos 75 anos e com câncer, o fazendeiro não teria condições de ajudar Lázaro em sua fuga.
Extra/Show Francisco

Operação conjunta para aumentar a segurança no trânsito

 

A Empresa Municipal de Trânsito de São Francisco de Itabapoana (Emtransfi), juntamente com a Guarda Civil Municipal (GCM) e a Polícia Militar (PM), realizaram uma operação conjunta para melhorar a segurança no trânsito. A ação aconteceu na terça-feira (22), das 17h às 18h, na Estrada do Contorno, em Guaxindiba.

“Abordamos aproximadamente 40 veículos durante o período, sendo notificados três condutores de motocicletas por estarem sem o capacete e cinco motoristas de carros que não usavam o cinto de segurança”, informou o diretor-presidente da Emtransfi, Luciano Coutinho, acrescentando:

“Vamos intensificar este trabalho de prevenção, que será contínuo em todo o município, com a participação também da GCM, PM e dos policiais do BPRv (Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual), a fim de educarmos as pessoas a respeito da importância do uso dos equipamentos de segurança obrigatórios. O objetivo é preservar vidas e evitar sequelas graves em casos de eventuais acidentes de trânsito”.

AsCom SFI

Inscrições abertas para turmas 2021 do ViraVida: Jovens do Futuro

Continuam abertas as inscrições para 200 vagas gratuitas para turmas 2021 do Programa ViraVida: Jovens do Futuro. Por conta da pandemia, as atividades serão desenvolvidas em formato remoto, durante quatro meses consecutivos, para adolescentes e jovens de ambos os sexos, entre 15 e 22 anos, moradores de comunidades de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social em todo território fluminense.

“Trata-se de uma experiência que contribuirá para o autodesenvolvimento e para o desenvolvimento de competências para o mundo do trabalho”, resume Celso de Souza Cunha, especialista em Projetos Especiais da Firjan SESI e coordenador do ViraVida.

O objetivo do programa é desenvolver um processo psicossocioeducativo voltado a jovens em situação de vulnerabilidade social. São atividades que contemplam temas como habilidades socioemocionais, rede de direitos, saúde mental, projeto de vida, educação para o mundo do trabalho, língua portuguesa, matemática aplicada ao cotidiano e empregabilidade. Elas integram educação básica e noções de autogestão, assegurando aos alunos atendimento psicossocial voltado ao resgate de valores e ao fortalecimento de vínculos familiares. Ao término do curso, é realizado um acompanhamento para o mercado de trabalho.

Além da Firjan SENAI SESI, o programa tem como parceiras as Redes de Proteção de Direitos, tais como o CRAS – Centro de Referência da Assistência Social, CRES – Centro de Referência Especializado da Assistência Social, Conselho Tutelar, entre outros. Desde a primeira turma, em 2011, já passaram pelo projeto mais de 720 jovens.

Para concorrer, basta preencher o formulário no link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSe_16TlRYTNFmjaSTADUwXNk5ZUFIbr3I9IIRSRMVQgjOP_Vg/viewform

Felipe Sáles
Assessor de Imprensa
Gerência de Imprensa e Conteúdo (GIM)
Firjan Norte e Noroeste Fluminense
(+55 22) 2748-7810
(+55 22) 99777-2795 | (22) 99870-0358

www.firjan.com.brAsCom SFI

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