segunda-feira, 6 de junho de 2022

Morre menino de 11 anos com suspeita de hepatite de causa desconhecida

Ele foi transferido do Hospital Ferreira Machado para o Hospital da Criança, no Rio de Janeiro, mas não resistiu

 

Momento da transferência do menino do HFM para o Rio de Janeiro (Arquivo)

Morreu neste domingo (11), o menino de Enzo Gonçalves de Oliveira, de 11 anos, por suspeita de hepatite aguda de causa desconhecida. Ele foi transferido do Hospital Ferreira Machado para o Hospital da Criança, no Rio de Janeiro, no sábado. A criança foi levada para o HFM, em Campos na última quarta-feira (1) com sintomas da doença. O corpo do menino deve chegar a cidade nesta segunda-feira (6) para ser se sepultado. A reportagem ainda apura horário e local do funeral.

O estado de saúde da criança era considerado grave desde a sua internação na semana passada no Hospital Ferreira Machado. Ele passou por uma série de exames e complicações. A Secretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav) informou que Enzo apresentou durante duas semanas sintomas como “náusea, vômito, queda do estado geral, evoluindo para uma alternância de sonolência com agitação e icterícia. Ele apresentou piora no período de 72 horas.

“Os exames demonstraram uma importante inflamação hepática, confirmando a hepatite. Ele apresenta critérios para caso provável de hepatite aguda de etiologia desconhecida”, explica o subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde e infectologista, Rodrigo Carneiro.

Exames feitos no menino afastaram a possibilidade de hepatite tipos A, B e C, hepatite medicamentosa, dengue e Covid-19. Na noite domingo, o Colégio Eucarístico, onde Enzo Gonçalves estudava, publicou nas redes sociais uma nota de pesar sobre o falecimento do aluno. Foi decretado luto de três dias na instituição. Diversas pessoas escreveram mensagens de solidariedade à família e aos amigos do menino. 

Esta matéria se encontra em atualização.

Terceira Via/Show Francisco

 

Médico e ex-vereador Dante Lucas denuncia caça ilegal no Imbé

Após reportagem do Terceira Via, ex-parlamentar se manifestou em rede social

Dante fez denúncia sobre caça ilegal

Após publicação da reportagem “Desmatamento ainda ameaça o Parque Estadual do Desengano”, leitores e internautas se manifestaram nas redes sociais relatando outro problema preocupante: a ação de caçadores na região. O médico e ex-vereador Dante Pinto Lucas falou com exclusividade ao Terceira Via sobre pessoas que, “frequentemente”, invadem sua propriedade na região do Imbé para caçar, apesar da atividade ser proibida por lei no Brasil. A Polícia Ambiental e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) dizem que combatem a caça e oferecem instrumentos de denúncias anônimas para impedir a prática criminosa.

Polícia tenta combater o crime

Desde 1967, caçar animais silvestres é proibido no Brasil. A única exceção é o javali, por ser considerada uma espécie exótica, importada da Europa. Sua caça foi regulamentada em 2013. De acordo com o artigo 29 da Lei nº 9.605/1998, é crime “matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida. A pena é detenção de seis meses a um ano, além de multa”.

O médico e ex-vereador Dante Pinto Lucas tem uma propriedade de 50 alqueires na região do Imbé, no limite entre Campos dos Goytacazes e Santa Maria Madalena, onde está o Parque Estadual do Desengano. Ele conta que a terra é uma herança de família, obtida por seu avô. Metade da fazenda é ocupada por Mata Atlântica original. Por se tratar de área bastante preservada, segundo ele, isto faz com que caçadores se interessem em entrar na mata nativa para abater animais.
“A gente se sente inseguro e ameaçado. Muitos desses caçadores são pessoas de fora da região. Infelizmente, há uma espécie de conivência por parte de alguns moradores que permitem ou não denunciam a invasão de caçadores nas propriedades. Há cerca de um ano, a presença de caçadores aumentou. Cheguei a fazer uma denúncia ao Batalhão Florestal depois que vi cães de caça na mata e carros estacionados dos suspeitos. Fotografei tudo e apresentei aos policiais. Entretanto, os criminosos conseguiram se desvencilhar e fugiram do flagrante, o que dificulta a prisão”, comenta.

Outro problema com caçadores foi relatado por um funcionário de Dante Lucas há cerca de três meses. “Ele chegou a pedir para que os caçadores deixassem a propriedade. Eles estavam armados e usavam um rádio de comunicação. Houve um princípio de briga, mas um dos caçadores resolveu sair. Talvez, para evitar maiores problemas, caso permanecesse. É preciso maior empenho das autoridades e dos moradores locais para combater esse tipo de crime. Claro que nos sentimos intimidados, mas é preciso enfrentar a situação. Quero que o meu neto Gabriel possa herdar e preservar esta mata”, diz.


Ações de combate à caça
Os guias e agentes ambientais Pedro Trindade e Enos Tubarão atuam no Parque do Desengano. Eles já presenciaram vestígios e ações de caçadores na região. “É preciso evitar confrontos com pessoas armadas. As pessoas precisam fazer denúncias às autoridades, ao Ministério Público, aos órgãos ambientais e à Polícia Militar”, comenta Tubarão. A consciência ambiental precisa ser estimulada, segundo Pedro. “É um processo de educação. Apesar do desmatamento e da caça terem diminuído, ainda há registros, infelizmente”, diz.

De acordo com o Comando de Polícia Ambiental, no mês de maio, em todo o território do Estado do Rio de Janeiro, 415 animais foram apreendidos, 105 pessoas foram presas, e 19 armas foram recolhidas. Questionada sobre ações de caçadores na Região do Imbé e Parque do Desengano, a Polícia Militar apenas emitiu nota sem especificar as denúncias:
“O Comando de Polícia Ambiental (CPAm) combate os crimes ambientais de maneira constante e reprime os atentados contra a flora e fauna no perímetro estadual. Para o sucesso dessa atuação, a colaboração da população é fundamental, realizando contato através do telefone dos batalhões das áreas para acionamentos e também com denúncias através da Linha Verde, tel: 0300 253 1177. O anonimato é garantido”.

O Instituto Estadual do Ambiente também emitiu um comunicado. “O Inea realiza regularmente, e em conjunto com o CPAm, operações em área do Parque Estadual do Desengano para combater crimes ambientais. Quando constatado o delito, o Inea adota as medidas cabíveis previstas em lei. A população pode denunciar crimes ambientais para a Ouvidoria do órgão ambiental estadual. O telefone e (21) 2334 5974”, conclui.

Terceira Via/Show Francisco

 

domingo, 5 de junho de 2022

Servidores públicos de Campos recebem salário de maio na terça-feira

Folha de pagamento do funcionalismo é superior a R$ 107 milhões


A Prefeitura de Campos pagará na terça-feira (7), 5º dia útil do mês de junho, a remuneração dos servidores municipais referente ao mês de maio. São mais de R$ 107 milhões da folha de funcionalismo, com investimentos extras para beneficiar servidores públicos municipais, quitando passivos da administração passada, como férias, rescisões, além do retroativo da equiparação do piso do Magistério, incluindo o pagamento das parcelas retroativas do piso.

Além de servidores estatutários, aposentados e pensionistas, também receberão neste dia os cargos comissionados e prestadores de serviço do Regime de Pagamento Autônomo (RPA). Este mês, a Prefeitura dá continuidade ao pagamento de benefícios como os passivos de férias e as rescisões de contratos temporários que terminaram entre 2017 e 2021, além da equiparação salarial dos profissionais da Educação ao piso nacional. O pagamento segue o calendário elaborado pela Secretaria de Administração e Recursos Humanos.

O pagamento dos servidores vem sendo efetuado, regularmente, desde o início da gestão do prefeito Wladimir Garotinho, que está mantendo em dia a folha. No ano passado, 15 folhas de pagamento foram efetuadas, incluindo o que foi deixado em atraso pela gestão passada.

O pagamento em dia permite aos servidores um planejamento familiar e também aquece a economia porque são mais de R$ 100 milhões circulando no comércio e em outros setores do município, além de contribuir para a manutenção de postos de trabalho em toda cadeia produtiva. “Quando o prefeito Wladimir Garotinho assumiu a Prefeitura, fizemos um grande esforço para que pudéssemos colocar o pagamento dos servidores em dia. Hoje, além de estar com o pagamento em dia, os servidores estão recebendo benefícios, que são direitos destes trabalhadores e alguns não recebiam há cerca de cinco anos”, destaca o secretário Wainer Teixeira.

Para junho – O prefeito também anunciou a antecipação da primeira parcela do 13° salário para todos os servidores no pagamento referente ao mês de junho, que será efetuado no quinto dia útil do mês subsequente. Em reunião com um grupo de servidores do Hospital Geral de Guarus (HGG), o prefeito Wladimir Garotinho anunciou o novo piso dos Auxiliares de Serviços Gerais (ASG) e outras categorias que ganhavam abaixo do salário mínimo.

O decreto definindo o novo piso salarial destas categorias foi publicado na última sexta-feira (27) e estabeleceu R$ 1.212, 00 como piso salarial mínimo destes servidores. Cerca de 560 ASGs do município recebiam abaixo do salário mínimo. Em virtude de a folha de pagamento referente ao mês de maio já estar fechada, estes servidores receberão o novo salário no pagamento de junho, conforme informado aos servidores na reunião.

Ascom


CCZ alerta para importância de eliminar focos do mosquito da dengue nas casas

Entre os dias 13 de abril e 2 de junho, o centro de referência da dengue registrou 348 casos suspeitos e 83 confirmados
 

Moradores são orientados a manterem as casas limpas – Foto: divulgação Prefeitura de Campos

“Se cada morador tirar dez minutos do seu dia, toda semana, para uma vistoria, já é suficiente para eliminar possíveis focos dentro das casas”. A afirmação é do diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Carlos Morales, que continua pedindo a colaboração da população para que adote medidas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya.

Segundo Morales, os mutirões que o órgão vem realizando semanalmente em diferentes bairros, com base no último LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti), feito em abril deste ano, apontou que 80% dos focos do mosquito encontram-se nos quintais das casas.

A aposentada Helena Barreto, 68 anos, moradora do bairro da Lapa, contou que segue à risca a orientação do CCZ no que diz respeito aos cuidados dentro de sua residência. “Todo dia limpo os recipientes com água, como o pote do cachorro, fico atenta aos vasos de planta e deixo as garrafas com a boca virada para baixo”, disse ela, que já contraiu dengue, mesmo adotando os cuidados necessários. “Estou fazendo a minha parte, mas nem todos agem assim”, acrescentou.

Morales explicou que, quando a população faz a limpeza dos criadouros do mosquito em suas casas, ela interfere no desenvolvimento do vetor, já que o ciclo de vida, do ovo ao mosquito adulto, leva de 7 a 10 dias. “Com uma ação semanal, é possível impedir que ovos, larvas e pupas do mosquito cheguem à fase adulta, freando a transmissão dessas doenças”.

Entre os dias 13 de abril e 2 de junho, o Centro de Referência da Dengue e Pós-Covid Dr. Jayme Tinoco Netto, que funciona anexo ao Hospital Plantadores de Cana (HPC), atendeu 348 pessoas com sintomas de dengue. Desse total, 83 tiveram a doença confirmada através de exame em laboratório. No mesmo período foi confirmado um caso de zika e um de chikungunya.
Já a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Subsecretaria de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), registrou, desde janeiro deste ano, 95 casos de dengue, três de chikungunya e um de zika. Esses números são referentes aos casos notificados à secretaria pelas unidades de saúde do município.
Ascom


Clínica denunciada por pacientes não tinha autorização da Vigilância Sanitária

Denúncias de pacientes por supostos erros em procedimentos feitos por médica em Campos são investigadas
 
Por Ocinei Trindade
 

Vera Cardoso de Melo coordena a Vigilância Sanitária, em Campos


Desde o dia 26 de maio, o Terceira Via acompanha as investigações da Polícia Civil contra a médica Soraia Amaral Mameri e a fisioterapeuta e empresária Amanda Barreto. Elas foram denunciadas por quatro pacientes de Campos submetidas a procedimentos estéticos que, supostamente, deram errado (Veja aqui). Segundo a delegada Natália Patrão, os casos são baseados em laudo pericial por “lesão gravíssima por deformidade permanente”. A defesa das profissionais nega as acusações. Um cirurgião plástico, uma dermatologista, um anestesista e o Conselho Regional de Medicina foram procurados para que avaliassem o episódio e os riscos de tratamentos e cirurgias com profissionais inadequados.

De acordo com as primeiras informações, a médica não teria residência ou especialização para atuar na área estética. Em 2021, duas pacientes, que preferem não se identificar, fizeram aplicações de botox e ácido hialurônico, além de uma hidrolipoaspiração. Segundo elas, os procedimentos não deram certo e causaram deformidades. Uma mulher que se submeteu a uma hidrolipo no abdômen disse que teve lesões graves. “Tive medo de ter infecção. Os equipamentos e o ambiente estavam inadequados para o procedimento. Não havia anestesista”, resumiu. Outras duas mulheres que fizeram procedimentos na clínica de estética apresentaram denúncias nas 134ª DP por problemas semelhantes.
Para o médico e cirurgião plástico Rogério Venâncio, são preocupantes os casos recentes investigados de pacientes que buscam por tratamentos estéticos em Campos com profissionais sem condições adequadas para realizá-los.
“Podemos dizer que a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) tem uma preocupação muito grande com esses procedimentos, porque está acontecendo um grande aumento em nossos consultórios de pacientes que nos procuram, mostrando insatisfação devido a procedimentos não cirúrgicos realizados em clínicas com profissionais inadequados. Muitas nos procuram para correção. O mais importante para realizar qualquer tipo de procedimento é ter profissionais que sejam ligados à sua área e seja especialista titular. Temos vários profissionais de qualidade no mercado que têm a especialidade não só acadêmica, mas também a pós-graduação da área de cirurgia plástica e dermatológica. São praticamente seis anos para formação. Alguém que não tem a formação dentro dessa estrutura dificilmente terá capacidade de realizar a intervenção de maneira bem feita”, diz Venâncio, titular da SBCP e da Sociedade Ibero-Latino Americana de Cirurgia Plástica.  

Rogério Venâncio
 

Olívia Assed

O médico anestesista João Machado diz que qualquer tipo de procedimento estético sem o profissional habilitado pode levar a resultados insatisfatórios que colocam em risco a vida do paciente. “Sempre que há a necessidade de sedação, para o bem estar do paciente, é mandatória a presença de um anestesista acompanhando todo o procedimento cirúrgico e estético no centro cirúrgico. Essa situação investigada ocorre, principalmente, pela falta de fiscalização dos órgãos competentes, associado à falta de informação e busca do ‘bom e barato’, que na verdade sai caro”, considera.
Para a médica dermatologista Olivia Assed, todos os profissionais estão sujeitos a erros. “Mas, infelizmente, temos observado uma certa frequência de procedimentos mal-sucedidos realizados por pessoas que não têm especialização ou que não são da área”. A profissional orienta:
“As pessoas devem procurar por profissionais que tenham referência, buscar saber a qualificação de cada profissional. Não ir apenas por indicações de amigos ou revistas, jornais ou influenciadores. É necessário acompanhar o que esse profissional tem realizado, analisar os resultados que entrega, e, acima de tudo, saber se ele tem a qualificação específica e experiência para realizar tais procedimentos. E o que não pode faltar, principalmente, é o senso estético. Pois além da questão técnica e teórica, tem também o lado artístico. E como qualquer trabalho ligado à arte, vai depender muito do que chamamos de senso estético do injetor, se ele consegue ‘imprimir’ isto através das técnicas corretas para atingir o fim idealizado”, define Olivia.

Cremerj e Vigilância Sanitária
De acordo com a Vigilância Sanitária de Campos, a clínica de estética que pertence à fisioterapeuta Amanda Barreto não tem documentação necessária para funcionar e vinha atuando clandestinamente. O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro informou, por meio de nota, que está acompanhando a investigação.
“O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro apura as informações a respeito da médica sob investigação. Também esclarece que, caso algum paciente discorde do tipo de assistência recebida, pode fazer uma denúncia no Conselho. O Cremerj irá apurar com todo o rigor necessário, seguindo o Código de Processo Ético-Profissional”, conclui.

Fonte:Terceira Via


Relicitação da BR-101 e licitação da BR-356 são discutidas na região

Evento promovido pela Fecomércio-RJ e prefeitura de Macaé abriu espaço para apresentação das primeiras propostas
Por Clícia Cruz
 

Evento aconteceu em Macaé – Fotos: Silvana Rust
O Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura (MInfra), começou a discutir a relicitação da BR-101, no trecho entre a divisa do Rio de Janeiro com o Espírito Santo e a Ponte Rio-Niterói. A relicitação é consequência da devolução amigável do ativo pela Arteris, seguida de leilão e assinatura de novo contrato com o vencedor do certame. O trecho da rodovia impacta 13 municípios do Rio de Janeiro, responsáveis por 17% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual. Também foi iniciado o debate sobre a licitação da BR-356, no trecho de Viçosa (MG) a São João da Barra. Esta semana, a Federação Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) promoveu um evento em Macaé, com as presenças do diretor da Empresa de Planejamento e Logística S.A. (EPL), Rafael Benini, e de representantes dos municípios de Campos, Macaé, São João da Barra e São Francisco de Itabapoana, entre outros. Durante o encontro, foram expostos diversos pontos de atenção em relação às rodovias e ao novo contrato da BR-101, que só entrará em vigor após o leilão, que ocorrerá até fevereiro de 2024.


O evento, promovido pela Fecomércio com apoio da Prefeitura de Macaé, foi o primeiro de muitos encontros que pretendem reunir representantes de setores como turismo, logística, indústria, além de autoridades municipais, que conhecem a realidade das cidades por onde passa a rodovia. O assessor da presidência da Fecomércio, Luiz Veloso, disse que a instituição precisa acompanhar de perto o processo da nova licitação, porque a rodovia tem influência direta sobre os negócios. “A BR-101 impacta sobremaneira o desenvolvimento econômico, deslocamento das mercadorias, deslocamento das pessoas, a logística, então é um fundamental para a região. Nós promovemos esse encontro para que Macaé e os municípios limítrofes possam tomar conhecimento do que o Governo Federal está pensando para a rodovia e também para saber os motivos que fizeram a Arteris querer devolver a concessão, além de discutirmos os pontos chave para esse novo momento”, disse Veloso.

Delmo Pinho, assessor da Fecomércio para assuntos de Logística, destacou os principais pontos do novo projeto: “A principal obra é a duplicação do trecho que ainda não foi feito, mas também temos outros pontos importantíssimos, como o contorno em Campos, que vai retirar o tráfego pesado de dentro da cidade, a conclusão das obras na Niterói-Manilha e a obra mais emblemática de toda a estrada, que é um grande projeto para o trevo de Manilha que nós apresentamos hoje, com um desvio da rodovia, que vai reduzir os engarrafamentos”, destacou.
 

Delmo Pinho – Foto: Silvana Rust

Os estudos para a nova concessão estão sendo realizados pela EPL, empresa pública vinculada ao Ministério da Infraestrutura, que presta serviços na área de projetos. O diretor, Rafael Benini, conta que o Ministério está ouvindo os setores antes da realização do leilão. “Essa foi nossa primeira reunião. É um modelo diferente. A gente vem antes, discutir com a população qual é o projeto, quais as obras mais necessárias, para que a gente não tenha um retrabalho no futuro”, diz ele, acrescentando que os estudos, como pesquisa de tráfego, e o cadastro da rodovia estão sendo feitos e que a nova concessionária precisa estar operando em março de 2024.
A superintendente de Relações Institucionais da Arteris, Célia Daumas, fez uma apresentação, destacando as realizações da empresa enquanto concessionária e explicando os motivos da devolução da rodovia. Ela destacou a redução do número de mortes no trecho concedido, que foi de 56%, ultrapassando a meta do Desafio ONU de Redução de Fatalidades nas Rodovias, que é de 50%.


O principal motivo da desistência da Arteris é a falta de retorno financeiro aos acionistas que aportaram capital ao investimento, que desde a crise econômica de 2014 veio perdendo receita. Com isso, o modelo em que a concessão foi realizada não seria mais viável economicamente. “Hoje a concessionária não tem condições de seguir com o contrato. Os acionistas aportaram R$ 1,8 bilhão ao longo desses 14 anos. Necessitaria mais R$ 1,3 bilhão para concluir as obras. E até hoje os acionistas não receberam nenhum dividendo dessa concessão. Até 2013, o fluxo de tráfego era o previsto no contrato. A partir de 2014, com crise financeira, esse fluxo ficou abaixo do previsto. Não há condições das obras se pagarem”, explica. Diante disso, em setembro de 2021, a diretoria colegiada da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atestou o cumprimento dos requisitos de admissibilidade de viabilidade técnica e jurídica do requerimento de relicitação apresentado pela Arteris.

Municípios e entidades atentos ao novo projeto
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Macaé, Rodrigo Vianna, ressalta a importância de se discutir o projeto. “A BR-101 possui um papel fundamental na consolidação dos mais de R$ 70 bilhões de investimentos da iniciativa privada previstos para o nosso Estado. E este encontro é essencial para debatermos medidas que precisam ser executadas para garantir segurança e intervenções necessárias na manutenção da rodovia no trecho que corresponde a Macaé”, destacou.
 

Felipe Knust, secretário de desenvolvimento de Campos – Foto: Silvana Rust

Felipe Knust, secretário de Desenvolvimento Econômico de Campos, disse que já solicitou uma reunião com a Fecomércio e a EPL também em Campos. “A questão da BR-101 é importantíssima não só para Campos e Macaé, mas para a região como um todo e nós já pleiteamos junto à Fecomércio e ao Governo Federal uma reunião em Campos, no máximo em julho, até porque nós queremos discutir principalmente o novo contorno da BR em Campos, que é de suma importância para nós”, disse knust.
Jeferson Henrique Viana, secretário de Desenvolvimento Econômico de Carapebus, destacou a necessidade de haver sinal de celular e internet em todo o trecho concedido. “Esse é mais um ponto que ajuda, inclusive, na segurança do usuário”, pontuou.

Para o gerente regional do Sebrae, Guilherme Reche, a agenda foi “de extrema relevância”.
Os desdobramentos implicam diretamente no desenvolvimento econômico regional que estamos discutindo e que será norteador para a construção e entrega do Programa Líder Norte Fluminense, que lançamos recentemente, pois a infraestrutura rodoviária é extremamente importante e necessária para a evolução de diversos eixos de atuação como: logística, escoamento produtivo, ampliação de mercados, turismo, acesso a tecnologias, entre outros.
Guilherme Reche representa o Sebrae – Foto: Silvana Rust

De Viçosa a São João da Barra
A concessão da BR-356 entre Viçosa (MG) e São João da Barra foi anunciada pelo senador Flávio Bolsonaro em setembro de 2021 e já está em estudo para ser licitada em 2024 junto com a BR-101. Alguns pontos críticos estão em análise, como o contorno de Itaperuna (RJ) e o trecho da rodovia que começa em Campos e termina em Atafona, em São João da Barra, que tem fluxo intenso de veículos diariamente e que aumenta consideravelmente no verão. Entre estas duas cidades está o Complexo Portuário do Açu, o maior empreendimento privado em curso no país e um dos maiores do mundo, que hoje utiliza a rodovia para tráfego de caminhões de grande porte.
Aluísio Siqueira, chefe de gabinete da prefeita de São João da Barra, Carla Caputi, disse que o município vai acompanhar o desenvolvimento do projeto e fez sugestões com relação ao traçado da rodovia. Entre elas, a de que com o novo contorno em Campos, se fizesse também um novo traçado para que a BR-356 não mais por dentro de Campos, mas por imediações de Travessão e São Francisco de Itabapoana, até encontrar com a Ponte da Integração, para se chegar até o Porto. A proposta teve sinal positivo para ser apreciada pelos técnicos da Fecomércio e a EPL/SA.

Fonte:Terceira Via


Família decide recolher tesouro abandonado há anos no Solar dos Airizes

Edmundo Siqueira
 

João Pimentel - Campos dos Goytacazes em Fotos
De acordo com a lei, é possível que o descobridor de um tesouro seja seu dono. Mas é preciso respeitar quatro requisitos: o tesouro ser antigo, estar escondido, o dono ser desconhecido e o descobridor ter encontrado sem querer.

Dentro do Solar dos Airizes há um tesouro. Ele é antigo e está escondido, mas não atende aos outros requisitos. Fui apresentado a ele, por uma fonte, há pouco tempo. Não foi “sem querer”; acompanho a situação do Solar de perto. Além disso ele tem ao menos dois donos. Conto mais sobre isso ao final.

O “casarão da escrava Isaura”, ou “casa dos Lamegos”, ou "Solar da Fazenda Airizes", localizado na BR-356 (Campos x Atafona), é um bem de alto valor histórico e cultural — não apenas arquitetônico. Tem tombamento federal, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) (confira aqui). Apesar disso, está em estado de total abandono há pelo menos uma década.
 

João Pimentel - Campos dos Goytacazes em Fotos
Além de todas as lendas que acompanham o Solar, mantê-lo de pé significa possibilitar aos campistas — e fluminenses — conhecer os processos de formação da região, o papel das grandes fazendas e a problematização necessária do abuso de pessoas escravizadas. Mas, por que o restauro não é feito? Por que a família abandonou? A prefeitura tem alguma coisa a ver com isso? Que tesouro é esse? Explico.

Um tesouro encontrado — e perdido 
A justiça já fez a parte dela no Airizes (confira aqui). A decisão judicial tem trânsito em julgado, não cabem recursos, e determina que a prefeitura restaure o Solar imediatamente e lhe confira uso. Sim, falta a execução da sentença, mas é justificável, em algum sentido, pela onerosidade e complexidade da obra. E ainda pela necessidade de acompanhamento do Iphan em todas as etapas, órgão que foi sucateado no governo Bolsonaro.
Porém, o judiciário cita que a prefeitura não pode "esquivar-se da obrigação em decorrência de suposta impossibilidade financeira".

A família Lamego, fiel depositária do Solar e suas terras, foi parte do processo judicial figurando no polo ativo. E alegou hipossuficiência para restaurar o prédio; o que foi acatado pelo judiciário. Mas além dos bens imóveis, existe um sem número de itens do acervo documental histórico, iconográfico e artístico que Lamego pai e Lamego Filho acumularam em anos de pesquisa.

Vale lembrar que Alberto Ribeiro Lamego é autor das obras “O Homem e o Meio Ambiente", onde descreve sobre a geologia e a história do estado do Rio de Janeiro, "O Homem e o Brejo", "O Homem e a Restinga", "O Homem e a Guanabara" e "O Homem e a Serra". Todas referências em sua área de conhecimento científico.
 

 Museu Antônio Parreiras - Niterói
Mas voltemos ao tesouro. O que o Solar dos Airizes ainda abriga, resistindo há décadas de deterioração, são vários documentos, alguns manuscritos, de várias partes do mundo, com dados, referências e mapas da região. Tesouro que, apesar de ter sido apresentado a ele já em estado deplorável, é possível perceber a riqueza do material. Tentei salvá-lo:

Assim que tive conhecimento do acervo abandonado, comecei a buscar maneiras de torná-lo público, e encaminhar ao Arquivo Municipal para tratamento, digitalização e para que fosse permitida, assim, a acessibilidade, pois entendo ser um registro importante da história campista. O Arquivo possui laboratório para restauro (um dos melhores do estado), equipe de alta capacidade e dedicação.

A prefeitura e os Lamegos
Para esse encaminhamento, procurei o vice-prefeito, Frederico Paes, homem púbico de grande sensibilidade nesses temas, e pedi, via ofício, para que intervisse. Assim ele o fez, encaminhando para a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (Fcjol).
No mesmo dia, fui informado pela presidente Auxiliadora Freitas que as tratativas para recuperação dos documentos já estavam em andamento com os herdeiros e que, em princípio, estariam contra a doação à prefeitura.

O prédio do Solar, e seu entorno, são tombados pelo Estado brasileiro. Confirmando, portanto seu alto valor histórico e cultural. Além disso, decisão judicial de um tribunal, que não cabe mais recursos, determina que a prefeitura de Campos seja a responsável pelo patrimônio. O Solar é tão significativo que possui mais de um “dono”.

Porém, em relação ao acervo, o próprio tombamento permite que os “itens soltos”, ou os bens móveis em seu interior fossem de posse e responsabilidade da família Lamego. Por meio do Ofício nº 1.448/15, de 30/12/2015, o Iphan solicitou ao senhor Nelson Lamego que fizesse a “pesquisa histórica, arrolamento do mobiliário e dos bens móveis e integrados”. Isso em 2016.

Conversei com um representante da família ainda ontem (3). Ele disse que a “posição da família é facilitar todo processo”, mas que, “no momento”, não cederia esse acervo . E diz que estaria disposto a cooperar caso o “município se disponha, de fato, a cumprir suas obrigações”. Lembra também que “até agora nada de concreto foi feito”.
Propriedade e interesses à parte, não seria possível para um particular recolher o material e trata-lo como se deve. Apenas uma instituição arquivística de qualidade teria essa capacidade. E Campos possui essa instituição e ela está pronta para salvar esse tesouro abandonado. Mesmo que continuem de propriedade da família. Mas é preciso permitir o compartilhamento do conhecimento e da história. Perdido, eles valem nada.

Fonte:Fmanhã


Frederico Barbosa Lemos lança pré-candidatura a deputado estadual em Campos

Lançamento da pré-candidatura em Campos / Divulgação

 
O ex-prefeito de São Francisco de Itabapoana (SFI) Frederico Barbosa Lemos (SD) lançou sua pré-candidatura a deputado estadual na cidade de Campos. O evento aconteceu na noite dessa quinta-feira (2), no Espaço Celebra, no bairro Caju, sendo prestigiado por diversos moradores do município e autoridades da região.
Frederico iniciou o seu discurso falando sobre a alegria de estar em sua terra natal, onde nasceu e passou a infância e a juventude, agradecendo pelos inúmeros amigos conquistados e revelando ter um sonho, que gostaria de realizar.

— Quero ver a minha Campos dos Goytacazes voltar a sorrir de verdade! Estamos construindo um projeto para que a nossa cidade seja de novo o espelho para todos os municípios fluminenses. Em 2010, Campos foi o município que mais produziu alimentos no Estado, no entanto, com muito orgulho nós dizemos que atualmente São Francisco de Itabapoana (SFI) ganhou esse título, sendo o nº 1. Mas esse protagonismo tem que ser de Campos, que é o maior município do interior do Estado e precisa nortear todas as movimentações que tragam crescimento para a região — argumentou Frederico, acrescentando:
— Temos um projeto de empregabilidade para mudar a história de Campos. Não dá mais para o cidadão daqui ficar dependendo de um emprego temporário do poder público sem nenhuma estabilidade. O povo quer um emprego de verdade! Temos que dar cursos para a população de Campos e região, profissionalizar o jovem que está em casa sem perspectivas nenhuma de um futuro melhor. Teremos a geração de mais de 10 mil empregos na área de petróleo e gás com os empreendimentos que serão instalados em SFI e o município não tem condições de oferecer toda a mão de obra necessária e as vagas excedentes precisam ser preenchidas pelos moradores daqui, mas para isso é preciso capacitar o povo.
 

Lançamento da pré-candidatura em Campos / Divulgação 

Frederico ressaltou que a bandeira da empregabilidade está ligada diretamente à valorização das famílias. “Eu não troco nada nessa vida pelo amor da minha família e que vocês façam o mesmo! Nosso projeto de empregabilidade é voltado para as famílias: quando a família tem emprego fica mais sólida. Tem muita gente passando fome em Campos e o nosso dever é mudar essa realidade. Não adianta só o poder público dar comida. O povo prefere o emprego para poder trabalhar com dignidade, tirar seu sustento e ir ao supermercado comprar alimentos para a sua família. Ajude-nos a construir esse projeto da nossa pré-candidatura a deputado estadual para que Campos volte a sorrir novamente”.
Já a prefeita de SFI e esposa de Frederico, Francimara Barbosa Lemos, declarou que não estava ali para pedir votos e nem falar de eleição. “Nós estamos aqui para falar de esperança, isso é o que a gente precisa! Esperança de nomes, de pessoas do bem e que querem o bem e aprenderam a fazer uma política diferente. A pré-candidatura do Frederico surgiu, não por um desejo pessoal da Francimara e nem do meu marido, mas pela vontade do povo da nossa cidade e da região, depois da lacuna que se abriu devido à ausência de representatividade na Alerj após as lamentáveis mortes dos deputados estaduais João Peixoto e Gil Vianna. A gente acredita num futuro melhor para SFI, Campos e toda a região”.
Prestigiaram ainda o evento o ex-prefeito de SFI e ex-deputado estadual por dois mandatos Barbosa Lemos, o vice-prefeito de SFI, Raliston Souza além dos vereadores de SFI Masxuel Cocóia, presidente do Legislativo; Milsinho Mota, Alexandre Barrão, Aroldo Leandro, Mazinho de Caboclo, Isaac Salvador, Yara Cinthia, Flor de Guaxindiba, Renato Roxinho, Eleno e Fauazi Cherene.

Fmanhã


Ausência de Wladimir, Chequinho no STF e sumiço da foto de Sérgio Mendes

Arnaldo Neto

*Com Aluysio Abreu Barbosa
Nem todos do clã
A coluna anunciou (aqui) na edição da última quarta-feira (1º) que, após as rusgas públicas dentro da família Garotinho, os ex-governadores Anthony e Rosinha, a deputada federal Clarissa (os três, União) e o prefeito Wladimir (sem partido) voltariam a se reunir publicamente em um ato político, que aconteceria no dia seguinte. Mas, diferentemente dos pais e da irmã, Wladimir não foi (aqui) à prestação de contas do vereador Juninho Virgílio (União), realizada na noite dessa quinta-feira (02), em um salão de festas da avenida Arthur Bernardes.
“Motivos pessoais”: o governador
Segundo apurou o repórter-fotográfico da Folha Rodrigo Silveira, a informação dada no evento foi que o prefeito não teria comparecido por motivos pessoais. A qualquer observador mais atento da política goitacá e fluminense, por “motivos pessoais”, entenda-se o governador Cláudio Castro (PL). Que é candidato à reeleição e lidera as pesquisas numa disputa em que Garotinho também se coloca como pré-candidato. Ainda que sem a certeza da vaga pelo seu partido, já que chegou a ser desautorizado por Luciano Bivar, presidente nacional do União Brasil (aqui).

Entre Castro e o pai
Sem Castro, Wladimir, que já tinha declarado publicamente apoio ao governador (aqui), colocaria em risco a manutenção do Restaurante Popular, a conclusão da reforma do Hospital Geral de Guarus (HGG) e a retomada das obras no Parque Saraiva. Até aqui, valem as palavras do prefeito no dia 19 (aqui), à reportagem da Folha, sobre seu apoio a Castro ou ao pai a governador: “Vamos esperar as convenções partidárias”. Assim como ficam sem confirmação as palavras de Clarissa, reproduzidas nesta coluna (aqui) no último sábado (28): “Obviamente que minha família estará unida em torno da (pré-)candidatura de Garotinho”.
Ferrugem, que tem recurso sendo julgado no STF, com Juninho Virgílio e parte do clã Garotinho / Rodrigo Silveira

Chequinho no STF

Não é segredo para ninguém que a candidatura de Juninho Virgílio a vereador, como sua atual pré-candidatura a deputado, foi fruto de uma conjuntura que impede o ex-vereador Thiago Virgílio (União) de concorrer. Isso porque Thiago foi condenado na Chequinho. E o grupo político está atento a um julgamento na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que pode mudar a situação. O colegiado aprecia um recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR), contra decisão monocrática do ministro Ricardo Lewandowski, que anulava a condenação do ex-vereador Thiago Ferrugem (União) em ação penal da Chequinho.

Recurso
Ferrugem foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em agosto de 2019, a três anos e oito meses de prisão (substituídos por multa e proibição de exercer cargos públicos), devido a troca de votos por benefícios do Cheque Cidadão em 2016. A pedido da defesa, Lewandowski anulou a sentença sob alegação de que não houve perícia no material apreendido na secretaria de Desenvolvimento Humano e Social. Para ele, isso tornaria ilícita as provas. No grupo, a expectativa era de extensão da decisão para todos os condenados, no que seria considerado uma “anulação” da Chequinho, que voltaria à primeira instância.

Placar
Na Segunda Turma do STF, Lewandowski votou contra o recurso da PGR. O ministro Edson Fachin abriu a divergência, observando que “o crime de corrupção eleitoral é formal , sendo despicienda a obtenção do resultado pretendido”. O ministro Nunes Marques acompanhou o voto divergente. No plenário virtual, o registro seguinte foi o do pedido de vista do ministro André Mendonça. Na sequência, Gilmar Mendes seguiu o relator, empatando o placar em 2 a 2. Não tem prazo, mas o voto do ministro “terrivelmente evangélico” indicado por Jair Bolsonaro (PL) vai definir o futuro da Chequinho — e de parte do grupo dos Garotinho.

Só uma foto
Na galeria dos ex-prefeitos de Campos falta uma foto: a de Sérgio Mendes. Eleito em 1992 com apoio de Garotinho, não demorou muito para virar desafeto do político da Lapa. Pelas redes sociais, Sérgio contou está, “através da justiça, executando uma dívida de Garotinho, comigo, por danos morais”. O valor da indenização, de acordo com o ex-prefeito, fica em torno de R$ 500 mil. Na publicação, Mendes ainda questiona: “Será por isso que tiraram minha foto da galeria de ex-prefeitos que fica no Cesec?”. Fato é que, independentemente do motivo pelo qual tenha sumido, a foto tem que voltar ao seu lugar.


Vendedor ambulante é assassinado no quintal da própria casa em SJB

Arnaldo Neto
Alex foi executado em SJB / Parahybano/Divulgação 

 
A violência fez mais vítimas na região. Em São João da Barra, no fim da tarde dessa sexta-feira (03), um vendedor ambulante, identificado como Alex Fabiano da Silva Gomes, de 46 anos, foi morto a tiros no quintal da sua própria residência, na localidade do Perigoso, em Grussaí.
De acordo com informações da polícia, Alex estaria em casa quando foi chamado por homens que estavam do lado de fora da residência. Ao chegar ao portão, os suspeitos começaram a atirar. A vítima ainda tentou fugir, mas foi atingido. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no quintal da própria casa.

A polícia não soube informar as motivações e autoria do crime. Os policiais chegaram a iniciar as buscas pelos suspeitos, que teriam fugido em um moto preta, mas, até o momento da publicação, ninguém havia sido encontrado.
O corpo foi removido para o Instituto Médico Legal (IML), de Campos. A 145ª Delegacia de Polícia, de São João da Barra, é responsável pela investigação.

Fonte:Fmanhã


Prefeitura de Campos paga servidores, incluindo DAS e RPAs, nesta terça


A Prefeitura de Campos paga nesta terça-feira (07) a remuneração dos servidores municipais referente ao mês de maio. São mais de R$ 107 milhões da folha de funcionalismo. A administração municipal destaca que há investimentos extras para beneficiar servidores públicos municipais, quitando passivos da administração passada, como férias, rescisões, além do retroativo da equiparação do piso do magistério, incluindo o pagamento das parcelas retroativas do piso.

Além dos servidores estatutários, aposentados e pensionistas, também receberão neste dia os cargos comissionados e prestadores de serviço do Regime de Pagamento Autônomo (RPA). Neste mês, a Prefeitura dá continuidade ao pagamento de benefícios como os passivos de férias e as rescisões de contratos temporários que terminaram entre 2017 e 2021, além da equiparação salarial dos profissionais da Educação ao piso nacional. O pagamento segue o calendário elaborado pela secretaria de Administração e Recursos Humanos.

Ainda de acordo com a Prefeitura, o pagamento dos servidores vem sendo efetuado, regularmente, desde o início da gestão do prefeito Wladimir Garotinho (sem partido), que está mantendo em dia a folha. No ano passado, 15 folhas de pagamento foram efetuadas, incluindo o que foi deixado em atraso pela gestão passada.

O pagamento em dia permite aos servidores um planejamento familiar e também aquece a economia porque são mais de R$ 100 milhões circulando no comércio e em outros setores do município, além de contribuir para a manutenção de postos de trabalho em toda cadeia produtiva. “Quando o prefeito Wladimir Garotinho assumiu a Prefeitura, fizemos um grande esforço para que pudéssemos colocar o pagamento dos servidores em dia. Hoje, além de estar com o pagamento em dia, os servidores estão recebendo benefícios, que são direitos destes trabalhadores e alguns não recebiam há cerca de cinco anos”, destaca o secretário Wainer Teixeira.

Para junho - O prefeito também anunciou a antecipação da primeira parcela do 13° salário para todos os servidores no pagamento referente ao mês de junho, que será efetuado no quinto dia útil do mês subsequente. Em reunião com um grupo de servidores do Hospital Geral de Guarus (HGG), o prefeito Wladimir Garotinho anunciou o novo piso dos Auxiliares de Serviços Gerais (ASG) e outras categorias que ganhavam abaixo do salário mínimo.

O decreto definindo o novo piso salarial destas categorias foi publicado na sexta-feira da semana passada, dia 27, e estabeleceu R$ 1.212 como piso salarial mínimo destes servidores. Cerca de 560 ASGs do município recebiam abaixo do salário mínimo. Em virtude de a folha de pagamento referente ao mês de maio já estar fechada, estes servidores receberão o novo salário no pagamento de junho, conforme informado aos servidores na reunião.

Fonte:Fmanhã


Audiência para discutir bilhetagem eletrônica nesta segunda

Dora Paula Paes

O projeto de Lei de Bilhetagem do governo Wladimir Garotinho, para ser aplicada no transporte público de Campos, será tema de audiência pública, na próxima segunda-feira (6), na Câmara de Vereadores, às 10h. Antes de ser debatida, a polêmica já está criada. Pelo sistema proposto parte do dinheiro arrecadado nos ônibus, de acordo com as empresas, iria direto para a Prefeitura, que faria o repasse às empresas. Também na segunda, no mesmo horário, será realizada audiência pública das concessionárias Planície, União e Rogil para apresentação dos relatórios dos exercícios de 2021, 2020, 2019, 2018 e 2017.

Os empresários que conseguiram do governo, junto com o permissionários do transporte alternativo, aumento da passagem de R$ 2,70 para R$ 3,50, em março, não aceitam esse modelo. Segundo o prefeito Wladimir, as empresas estão procurando vereadores, principalmente os de oposição, para impedir a aprovação. A bancada de oposição, hoje maioria, contudo, não está disposta a aprovar o projeto sem debater todos os pontos. Na questão do transporte público, em uma coisa todos se entendem: a situação não é boa.
O prefeito na semana passada postou um vídeo para falar sobre o ajuste do sistema. Ele abriu o vídeo fazendo um alerta à população, a mesma que fica horas em pontos esperando por condução. Segundo ele, está acontecendo algo grave, ao mesmo tempo em que reconhece que o transporte público de Campos “não está bom”.
— Mas é fundamental que seja aprovada a Lei de Bilhetagem que encaminhei para a Câmara de Vereadores na semana passada. Com essa lei será possível ter certeza de quantos passageiros estão embarcando, desembarcando, onde estão embarcando e onde estão desembarcando. Saber se as empresas estão cumprindo o itinerário. Eu sei que não estão. Mas através da bilhetagem e GPs vou poder ter a certeza e, com a lei aprovada, vou poder dar subsídio às empresas.
Mais adiante, ele diz que as empresas estão indo aos vereadores, principalmente aos da oposição, para não aprovar. “Eles não querem que a Prefeitura tenha controle, querem que a Prefeitura passe recurso sem ter controle e eu não posso fazer isso”, disse o prefeito, apelando para que a população procure seus vereadores e peçam pela a aprovação.
O Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) tem projeções, mas não o cálculo do impacto financeiro nos cofres do município com a implantação do novo sistema de bilhetagem. No último dia 23, Wladimir encaminhou à Câmara o projeto. A nova bilhetagem prevê o retorno do pagamento de subsídios para empresas de ônibus e extensão a todos os permissionários de vans, após licitado, o complemento da passagem.
“O IMTT tem projeções com base na taxa de uso do cartão e no valor da arrecadação da bilhetagem do RioCard atualmente. Os números exatos só serão definidos a partir do funcionamento do sistema, uma vez que o cálculo do repasse é feito a partir da prestação do serviço para a população’’, informou em nota.
Pelos números apresentados pelo IMTT, a expectativa é que o movimento seja de mais de 500 mil transações/mês, conforme a recuperação pós-isolamento. Esse movimento vai gerar uma arrecadação de mais de R$ 2 milhões/mês. “Hoje, 60% dos passageiros pagam em dinheiro e 40% em cartão. A expectativa é que com a implantação da bilhetagem, o uso do cartão cresça”, completa.

Setor não foi ouvido para elaborar projeto
Em nota, as empresas de transporte de passageiros de Campos esclarecem que não se opõem à implantação de sistema de bilhetagem, nem à instalação de equipamentos de GPS nos coletivos. No entanto, alegam que não foram ouvidas durante o processo de elaboração do projeto que foi encaminhado à Câmara.
“O projeto além de ter sido elaborado sem a participação das operadoras do transporte, prevê que toda receita proveniente de vale-transporte e passagem eletrônica (cartão) seja creditada para a Prefeitura de Campos, que posteriormente repassaria os valores às concessionárias. Ou seja, as empresas dependeriam da liberação do Município para fazer pagamentos — inclusive de salários — e cobrir custos de operação. Um sistema burocrático e sem qualquer justificativa”, diz trecho da nota.
Ainda, segundo elas, tal proposta abririaprecedentes: “Permitindo, por exemplo, que a receita da concessionária Águas do Paraíba ou dos permissionários do Mercado Municipal e Shopping Popular Michel Haddad fosse direcionada à Prefeitura de Campos, para somente depois ser repassada às empresas ou empreendedores.”
Na nota, as empresas explicam que operam há mais de 20 anos com sistema de bilhetagem, que é auditável. Já o equipamento de GPS foi o próprio governo municipal que desativou há dois anos.
“As empresas de transporte coletivo de Campos há anos vêm enfrentando dificuldades causadas pelo excesso de gratuidades concedidas pelo Município, pela defasagem da tarifa em relação ao aumento exponencial dos custos de manutenção e pela concorrência desleal do transporte clandestino e irregular. Fatores que comprometem o serviço prestado ao usuário”, ressalta em outro trecho, ao mesmo tempo alegando que o IMTT fala em fiscalizar o serviço, mas não cumpre com o dever de fiscalizar e coibir o transporte clandestino e irregular.

Grupo da oposição quer ouvir a população 

Os vereadores da oposição e independentes estão dispostos a não se dobrarem ao projeto da Bilhetagem Eletrônica, se de fato, entenderem que a população não será assistida como segurança, dignidade e higiene, com os terminais prontos. Na sessão da última terça-feira (31), a questão do projeto da Bilhetagem foi abordada. O vereador Nildo Cardoso (União) lembrou que Campos já teve 14 empresas e quatro ainda sobrevivem, segundo o vereador, no “CTI”.
O vereador Maicon Cruz (PSC) também disse que o prefeito não pode culpar os vereadores do caos que está o transporte público na cidade. “Nós aprovamos aqui, na Casa, o Plano de Mobilidade Urbana que até então foi vendido e propagado como solução do transporte público da cidade e não foi. E agora chega nessa Casa outro projeto, o da bilhetagem e falam que nós vereadores queremos facilitar para os empresários do ramo de transporte público da cidade. O prefeito está muito enganado. Nós vereadores, da oposição ou independentes, estamos sendo coerentes e responsáveis. Como não utilizamos o transporte, temos que chamar aquele chefe e família que mora fora do centro da cidade para falar das dificuldades”, disse ele.

A Folha tentou contato com o vereador Álvaro Oliveira (PSD), líder do governo na Casa, para que comentasse sobre o projeto do Executivo, mas não teve retorno até o momento desta publicação.
Porém, de acordo com o IMTT, o governo tem mantido sempre o diálogo com as categorias que operam no sistema de transporte do município, formadas pelos permissionários de vans e concessionárias. “Duas semanas atrás, em audiência com os vereadores e munícipes presentes, representantes do órgão explicaram os detalhes sobre o projeto de lei. Ainda, de acordo com o IMTT, por ter transcorrido o prazo da celebração do acordo firmado entre Prefeitura, concessionárias e vans, o processo de implantação das estações de integração precisou ser revisto e será encaminhado para licitação, cujo edital está previsto para ser publicado na próxima semana com a data prevista do certame”, explicou o IMTT.

Fmanhã