O caso foi publicado no Blog Opiniões, da Folha da Manhã, na segunda-feira (15) (aqui), (aqui) e (aqui). Em uma das reportagens, a reitora da Uenf, Rosana Rodrigues, reagiu à colagem dos dois cartazes em um dos banheiros da reitoria dizendo que "Infelizmente, a onda das fake news chegou à universidade".
— Estamos lidando com essa situação com muita cautela. A universidade tem canais apropriados para denúncias que resguardam o(a) denunciante. Embora essa não seja a forma de se denunciar qualquer ação, haverá apuração via processo administrativo e legal. Posso garantir que a “Rosana” nunca recebeu qualquer informação sobre os assédios relatados. Assédio é intolerável em qualquer ambiente, sobretudo dentro de uma universidade. Entendo perfeitamente que ocupo a posição em que estou hoje para dar voz a quem nunca foi ouvida(o) pelo sistema patriarcal, machista e misógino. E jamais vou me calar ou proteger quem pratica tais atos. Infelizmente a onda das fake news chegou até a universidade — disse Rosana.
A moção de repúdia
UENF, em sua moção divulgada nesta quinta-feira, destacou a importância de combater a desinformação e proteger a integridade de sua comunidade acadêmica. Segundo a universidade, é essencial que qualquer denúncia seja investigada com rigor e responsabilidade, respeitando o direito à defesa.
Na última segunda-feira (15), o Laboratório de Estudos da Sociedade Civil e do Estado (Lesce), do Centro de Ciências do Homem (CCH) da UENF, divulgou uma carta de repúdio. “O Laboratório de Estudos da Sociedade Civil e do Estado (Lesce) vem a público manifestar a indignação e repúdio à divulgação, por meio de cartazes anônimos, em dependências da UENF, de grave acusação de assédio contra o coordenador do curso de Ciências Sociais, professor membro deste Laboratório, envolvendo também o diretor do CCH e a reitora da universidade”, declarou o Lesce em sua carta.
Já na terça-feira (16), o professor Hamilton Garcia, coordenador do curso de Ciências Sociais e o diretor do CCH, professor Geraldo Timóteo, informaram que pretendem entrar na Justiça Criminal e Cível contra o autor ou autora da denúncia. Embora não nominados, os dois tiveram seus cargos citados na denúncia que gerou a carta de repúdio do Lesce.
“Esperamos a divulgação do vídeo que identifica quem colou os cartazes para tomar as providências cabíveis na Justiça. Tanto Criminal, por calúnia e difamação, quanto na Cível, por danos morais. O caso todo é muito desagradável, mas precisamos entender quem está por trás deste virtual ‘gabinete do ódio’ uenfiano. Neste sentido, é melhor que isso seja divulgado na imprensa séria, para que as pessoas sérias possam acompanhar o caso com a seriedade que merece”, afirmou Hamilton Garcia..
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