segunda-feira, 12 de março de 2018

Linda Mara é comunicada por DO de afastamento da Câmara

Recurso havia sido usado com Thiago Virgílio e Miguelito, na semana passada; suplentes começaram a ser convocados
BLOG DOS JORNALISTAS


Linda Mara. (Foto: JTV)

Linda Mara (PTC) foi oficialmente notificada, no Diário Oficial (DO) desta segunda-feira (12), da decisão da Justiça Eleitoral de afastá-la de seu cargo na Câmara de Campos. Ela teve o mandatos cassado, os votos anulados e está inelegível por oito anos. O afastamento acontece após o Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro (TRE-RJ) confirmar a setença de primeira instância e indeferir recursos.

Quem também foi notificado por meio de Diário Oficial foi Thiago Virgílio (PTC). O comunicado foi publicado em edição extra do DO, no último dia 9, e republicado na edição desta segunda. Os dois terão três dias para apresentar suas defesas.

O expediente foi o mesmo a que recorreu o presidente da Câmara, Marcão Gomes (REDE) para dar ciência, na última quarta-feira, ao vereador Miguelito (PSL) de seu afastamento, já que nenhum deles compareceu às sessões desde que a Casa de Leis foi notificada pela Justiça Eleitoral para cumprir a determinação do TRE-RJ.


Álvaro Oliveira. (Foto: JTV)

O suplente Álvaro Oliveira (SD) foi convocado no DO desta segunda a assumir a cadeira de Miguelito. Cabo Alonsimar (PTC) e Carlos Alberto do Canaã (PTC) deverão ser chamados nos próximos dias a ocuparem as cadeiras de Linda Mara e Thiago Virgílio, respectivamente.

O trio se junta aos já afastados Jorge Magal (PSD), Jorge Rangel (PTB) e Vinícius Madureira (PRP). Eles poderão apelar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas terão que aguardar o resultado do recurso longe dos mandatos. O prognóstico, porém, não é bom. Virgílio já teve uma cautelar negada na Corte, pelo ministro Tarcísio Vieira, na última quarta-feira.

Além deles, outros 28 integrantes do grupo político da ex-prefeita Rosinha Garotinho (PR), apontado como principal beneficiário do esquema, participaram, segundo investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público (MP), de um esquema que trocava inscrições fraudulentas no programa “Cheque Cidadão” por votos, incluindo cinco vereadores eleitos em 2016: Cecília Ribeiro Gomes (PT do B) — que perdeu sua vaga para Marcos Bacellar (PDT) por decisão da Justiça —, Kellinho (PR), Ozeias (PSDB), Roberto Pinto (PTC) e Thiago Ferrugem (PR).









Partidos já trabalham pré-candidaturas para eleição presidencial de outubro

Faltando pouco menos de sete meses para a eleição presidencial deste ano, cinco partidos já anunciaram oficialmente seus pré-candidatos. Outras quatro legendas devem consolidar os nomes que concorrerão ao pleito nas próximas semanas. De acordo com a legislação eleitoral, os partidos políticos devem oficializar as candidaturas em convenções nacionais com seus filiados entre 20 de julho e 5 de agosto.

Rodrigo Maia - DEM


Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ) teve sua pré-candidatura lançada na última quinta-feira (8) pelo DEM. Maia tem buscado ser uma alternativa de centro e, em suas próprias palavras, “sem radicalismos”. Ele assumiu o comando da Câmara após a queda de Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso pela Operação Lava Jato, e ganhou mais protagonismo político pelo cargo que ocupa, já que é o responsável por definir a pauta de projetos importantes, como a reforma da Previdência.

Segundo ele, a pauta da Câmara não será prejudicada devido à sua candidatura ao Planalto. “A gente tem responsabilidade com o Brasil, já deu demonstrações disso. O projeto político do DEM é legítimo e é feito em outro momento e local, não tem problema nenhum disso”, afirmou.

Filho do ex-prefeito do Rio, César Maia, o político está no quinto mandato como deputado federal. Em 2007, assumiu a presidência nacional do DEM, após a reformulação do antigo PFL. Rodrigo Maia ingressou, mas não chegou a concluir o curso de Economia. Foi secretário de Governo do município do Rio de Janeiro no final da década de 1990, na gestão de Luiz Paulo Conde, que à época era aliado de César Maia.

Ciro Gomes - PDT
Pela terceira vez concorrendo ao posto mais alto do Executivo, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes vai representar o PDT na disputa presidencial. Ao anunciar o seu nome como pré-candidato na última quinta-feira (8), o pedetista adotou um discurso contra as desigualdades e propondo um “projeto de desenvolvimento” para o país.

“Não dá para falar sério em educação que emancipe, não dá para falar sério em segurança que proteja e restaure a paz da família brasileira sem ter compromisso sério para dizer de onde vem o dinheiro”, disse, no ato de lançamento da pré-candidatura.

Ciro Ferreira Gomes tem 60 anos e é formado em Direito. Ele foi governador do Ceará por dois mandatos, ministro da Fazenda no governo de Fernando Henrique Cardoso e da Integração Nacional no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Antes, ocupou a prefeitura de Fortaleza e o cargo de deputado estadual. Em 1998 e 2002, ele foi candidato à Presidência, tendo ficado em terceiro e quarto colocado, respectivamente.

Jair Bolsonaro - PSL

Deputado federal na sétima legislatura, Bolsonaro se filiou ao PSL na última quarta-feira (7). Considerado polêmico por suas bandeiras, Jair Bolsonaro defende a ampliação do acesso a armas e um Estado cristão, além de criticar modelos de família, segundo ele, "não tradicionais”, como casamento homossexual.

“Nós temos propósitos, projeto e tudo para começar a mudar o Brasil. Nós somos de direita, respeitamos a família brasileira. Está na Constituição que o casamento é entre homem e mulher e ponto final. Esse pessoal é o atraso, uma comprovação de que eles não têm propostas e que a igualdade que eles pregam é na miséria”, afirmou, durante o ato de filiação ao PSL. De acordo com o partido, ainda não há uma data de lançamento oficial da pré-candidatura.

Nascido em Campinas, Jair Messias Bolsonaro tem 62 anos. Ele é formado em Educação Física e militar de carreira. Ele foi para a reserva das Forças Armadas em 1988, após se envolver em atos de indisciplina e ser eleito vereador pelo Rio de Janeiro. Desde 1991, assumiu uma cadeira na Câmara dos Deputados. Foi eleito deputado em 2014 pelo PP, mas migrou para o PSC.

Álvaro Dias - Podemos


O senador Álvaro Dias será o candidato do Podemos. Eleito senador em 2014, pelo PSDB, Álvaro Dias migrou para o PV e, em julho do ano passado, buscou o Podemos, antigo PTN. Com a candidatura do senador, a legenda quer imprimir a bandeira da renovação da política e da participação direta do povo nas decisões do país por meio de plataformas digitais.

“Nós temos que rediscutir a representação parlamentar. Não somos senadores demais, deputados e vereadores demais? Está na hora de reduzirmos o tamanho do Legislativo no país, tornando-o mais enxuto, econômico, ágil e competente”, afirmou Dias, em entrevista concedida esta semana no Congresso Nacional.

O político, de 73 anos, está no quarto mandato de senador. De 1987 a 1991, foi governador do Paraná, à época pelo PMDB. Na década de 1970, foi deputado federal por três legislaturas e, antes, foi vereador de Londrina (PR) e deputado estadual no Paraná. Álvaro Dias é formado em História.

Marina Silva - Rede Sustentabilidade


A ex-senadora Marina Silva vai disputar a Presidência pela terceira vez consecutiva. Integrante da sigla Rede Sustentabilidade, Marina tem como plataforma a defesa da ética, do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável.

Ela é crítica do mecanismo da reeleição, que, segundo ela, se tornou um “atraso” no país. “Sou pré-candidata à Presidência para unir os brasileiros a favor do Brasil. Os governantes precisam fazer o que é melhor para o país e não o que é melhor para se perpetuar no poder. Chega de pensar apenas em interesses pessoais e partidários”, escreveu recentemente em seu perfil do Facebook.

Marina Silva militou ao lado do líder ambientalista Chico Mendes na década de 1980. Filiada ao PT, ela foi eleita vereadora de Rio Branco e deputada estadual, antes de ocupar dois mandatos de senadora representando o Acre. Por cinco anos, foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula e se desfiliou do PT um ano após deixar o cargo. Ela foi candidata ao Planalto em 2010 pelo PV e, em 2014, assumiu a candidatura do PSB à Presidência após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Manuela D’Ávila - PCdoB

A deputada estadual do Rio Grande do Sul, Manuela D'Ávila, será a candidata pelo PCdoB. A ex-deputada federal, por dois mandatos, teve a pré-candidatura lançada pelo partido comunista em novembro do ano passado. Esta é a primeira vez que o PCdoB lançará candidato próprio desde a redemocratização de 1988. Um dos motes da campanha será o combate à crise e à “ruptura democrática” que, segundo a legenda, o país vive.

“Trata-se de uma pré-candidatura que tem como algumas de suas linhas programáticas mais gerais a retomada do crescimento econômico e da industrialização; a defesa e ampliação dos direitos do povo, tão atacados pelo atual governo; a reforma do Estado, de forma a torná-lo mais democrático e capaz de induzir o desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho”, escreveu a presidente nacional do partido, Luciana Santos, ao lançar a candidatura de Manuela D'Ávila.

Manuela D'Ávila tem 37 anos e é formada em jornalismo. Ela é filiada ao PCdoB desde 2001, quando ainda participava do movimento estudantil. Em 2004, foi eleita a vereadora mais jovem de Porto Alegre. Dois anos depois, se candidatou ao cargo de deputada federal pelo Rio Grande do Sul e se tornou a mais votada do estado. Em 2008 e 2012, disputou a prefeitura da capital gaúcha, mas ficou em terceiro e segundo lugar, respectivamente. Desde 2015, ocupa uma vaga na Assembleia Legislativa do estado onde nasceu.

Guilherme Boulos - PSOL

Neste sábado (10), em São Paulo, o PSOL deve anunciar oficialmente a pré-candidatura de Guilherme Boulos, que se filiou no início da semana à sigla reunindo apoio de alguns movimentos sociais. Repetindo a estratégia das últimas eleições, de apresentar uma opção mais à esquerda que os demais partidos, o PSOL participará com candidato próprio à corrida presidencial, que em 2010 e 2014 teve os nomes de Plínio de Arruda Sampaio e Luciana Genro na disputa.

Segundo Boulos, que é coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), é preciso levar a indignação dos cidadãos para dentro da política. “A capacidade de conjugar unidade na luta, na resistência e na defesa dos direitos com a ousadia de construir um projeto de futuro foi o que aproximou e uniu o MTST com o PSOL, bem como outros movimentos sociais, na construção dessa aliança”, disse, nesta semana, ao se filiar ao PSOL.

Um dos líderes do movimento pelo direito à moradia no Brasil, Boulos ficou conhecido nacionalmente após as mobilizações contra a realização da Copa do Mundo no país, em 2014. Formado em Filosofia e Psicologia, Boulos tem 35 anos.

João Amoêdo - Novo


Com 55 anos, João Amoêdo é o candidato pelo partido Novo, que ajudou a fundar. Formado em engenharia e administração de empresas, fez carreira como executivo do mercado financeiro.

Amoêdo foi um dos fundadores do Partido Novo, que teve seu registro homologado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2015. A disputa presidencial em 2018 será a primeira experiência política dele.

Entre as principais bandeiras de Amoêdo, assim como do Partido Novo, estão a maior autonomia e liberdade do inbríduo, a redução das áreas de atuação do Estado, a diminuição da carga tributária e a melhoria na qualidade dos serviços essenciais, como saúde, segurança e educação. "É fácil acabar com a desigualdade, basta tornar todo mundo pobre. Ao combater a desigualdade você não está preocupado em criar riqueza e crescer, você só está preocupado em tornar todo mundo igual. O importante é acabar com a pobreza e concentrar na educação básica de qualidade para todos", diz o candidato em sua página oficial na internet.

PSDB

Em relação ao PSDB, a legenda chegou a promover um processo interno de seleção mas, com a desistência de alguns integrantes, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deve ser oficializado nos próximos dias como pré-candidato pela legenda. Será a segunda vez que ele disputará a vaga.

Em dezembro do ano passado, Alckmin foi eleito presidente nacional do PSDB. Segundo ele, o partido chegará “unido e revigorado” para a disputa de outubro. “Iniciado o processo eleitoral, o Brasil vai presenciar nosso melhor desempenho, nosso bloco de forças, partidos aliados, todos unidos. Nossa indignação e coragem vão mudar o Brasil”, afirmou.

Geraldo Alckmin tem 65 anos, é formado em medicina e é um quadro histórico do PSDB em São Paulo. Vice-governador de 1995 a 2001, ele assumiu a administração paulista após a morte de Mário Covas, sendo reeleito em 2002. Em 2006, disputou o Planalto, mas foi derrotado por Lula. Eleito em 2010 para mais um mandato à frente do governo de São Paulo, Alckmin foi reeleito em 2014.

PT

Após ganhar as últimas quatro eleições, o PT está em definição. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi lançado como pré-candidato do partido, porém como foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o partido e Lula aguardam o julgamento dos últimos recursos.

No entanto, como os recursos não podem mudar a condenação, a expectativa é que Lula recorra ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em busca de uma autorização para se candidatar, já que a Lei da Ficha Limpa prevê a impugnação das candidaturas de políticos condenados em segunda instância. Na última terça-feira (6), a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, por unanimidade, negar um pedido de habeas corpus preventivo de Lula. Outros nomes cotados dentro do partido são o do ex-governador da Bahia Jaques Wagner e o do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad.

STF: novas eleições podem ser convocadas após cassação de mandato

Policiais militares apreendem drogas no Parque Alvorada e em Santo Eduardo

Em uma das ocorrências, um homem foi preso suspeito de vender entorpecentes a um idoso de 68 anos


(Foto: Arquivo/JTV)

O final de semana foi de baixa para o tráfico em Campos. A Polícia Militar (PM) apreendeu drogas em uma casa no subdistrito de Guarus, em Campos, na madrugada desta segunda-feira (12). No domingo, um homem foi preso suspeito de comercializar entorpecentes no distrito de Santo Eduardo. Ambas as ações aconteceram em pontos de venda já conhecido dos militares.

Na primeira ocorrência, os suspeitos fugiram da residência, que fica na Avenida Zuza Mota, no Parque Alvorada, ao perceberem a chegada da viatura. Ninguém foi detido. No local foram encontrados 137 gramas de maconha e 23 gramas de crack.

Já na segunda, os militares flagraram um homem de 21 anos no momento em que vendia drogas para um idoso de 68 anos, em uma residência na Rua Margem da Linha. De acordo com a PM, o suspeitou permitiu a entrada dos policiais no imóvel. Durante revista foram encontrados cinco pinos de cocaína, três buchas de maconha, material para endolação e R$ 216 em espécie.

As apreensões foram registradas na 146ª Delegacia Policial (DP), em Guarus.
Terceira Via

Chuva do fim de semana causa preocupação e cheias nos rios Ururaí e Muriaé

A Defesa Civil percorre locais de maiores estragos durante esta segunda-feira


Rua alagada em Ururaí, na manhã desta segunda (Foto: Divulgação)

As fortes chuvas do fim de semana deixaram a Defesa Civil da região em alerta e moradores ainda mais atentos aos problemas que a água poderia causar.

O Rio Ururaí, por exemplo, atualmente causa um pouco de preocupação. Moradores dos bairros Ilha e Brilhante acionaram a equipe da Defesa Civil na manhã desta segunda-feira (12), com medo de que o rio transborde.

A cota de transbordo do rio é 3.80 metros e na última medição, no domingo (11), a medição estava em cerca de 3.60 metros. Segundo o coordenador da Defesa Civil de Campos, Edison Pessanha, uma nova medição será realizada na manhã desta segunda-feira e a situação das famílias será analisada.

O Rio Muriaé que até a última sexta-feira (9) não causava preocupação, já passa por uma situação mais crítica. Na manhã desta segunda-feira (12), bairros como Boa Vista, próximo a Sapucaia, já estava alagado devido o transbordo do rio.

Boletim do BC aponta que mercado financeiro reduz projeção de inflação deste ano para 3,67%

Pela sexta semana consecutiva, a estimativa para a inflação este ano foi reduzida pelo mercado financeiro, de acordo com o Boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), elaborada com base em pesquisa sobre os principais indicadores econômicos. A expectativa do mercado para Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desta vez, passou de 3,70% para 3,67%. A projeção está mais distante do centro da meta de 4,5%, mas acima do limite inferior de 3%.

Para 2019, a estimativa para a inflação caiu, pela segunda semana consecutiva, ao passar de 4,24% para 4,20%, abaixo do centro da meta de 4,25%. Na última sexta-feira (9), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,32% em fevereiro, o menor índice para o mês desde o ano 2000 (0,13%).



Dados estão no Boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), elaborada com base em pesquisa sobre os principais indicadores econômicos. – Foto: Arquivo Agencia Brasil

Os dados mostram ainda que nesse cenário de inflação baixa e economia se recuperando, o mercado financeiro espera que a taxa básica de juros, a Selic, seja reduzida em 0,25 ponto percentual, de 6,75% para 6,50% ao ano, neste mês. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação. De acordo com a previsão das instituições financeiras, a Selic encerrará 2018 em 6,50% ao ano e subirá ao longo de 2019, terminando o período em 8% ao ano. A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, deste ano, caiu de 2,90% para 2,87%. Para 2019, a projeção é mantida em 3% há seis semanas consecutivas.

FONTE: Redação com Agência Brasil

Câncer do colo de útero: a demora no diagnóstico traz consequências graves

Doença que atinge mais de 16 mil mulheres a cada ano
SAÚDE POR LETÍCIA NUNES


Os atrasos no diagnóstico e no tratamento do câncer de colo de útero podem levar pacientes à morte (Foto: Divulgação)

No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, um alerta para uma doença que atinge mais de 16 mil mulheres a cada ano: o câncer de colo do útero. Somente no Estado do Rio de Janeiro, a projeção do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é de 1.340 novos casos dessa doença em 2018. Este tipo de patologia perde somente para os cânceres de mama, de pulmão e do colo reto. O alto índice de óbito no país acontece justamente por falta de atenção básica. Na maioria das vezes, as pacientes só têm o diagnóstico no estado mais avançado da doença. Além disso, há demora também, em alguns casos, no processo de tratamento e cura, o que está ligado diretamente com a vida dessa paciente.

Segundo a ginecologista, Fernanda Siqueira, é fundamental ressaltar que o diagnóstico precoce pode mudar a história dessa mulher, já que o câncer do colo de útero é a segunda causa de morte feminina no país. “Trata-se de um dado muito importante, visto que o acesso para a coleta do preventivo é teoricamente fácil. Um procedimento rápido, pois o médico demora apenas cinco minutos para realizar o exame, mas muitas mulheres, principalmente jovens, deixam passar. Uma lesão pré-cancerígena pode demorar até 10 anos para virar um câncer, porque não tem sintoma, e isso também influencia na falta de procura ao médico”, alerta.

A médica também chama a atenção para outro dado importante. O Ministério da Saúde recomenda a coleta do preventivo a partir dos 25 anos até os 64 anos de idade. Essa mudança ocorreu depois de 2011, pois era até os 59 anos. O período foi estendido porque a média de vida aumentou. Porém, apesar desta norma, a especialista explica que não é necessário que a mulher espere até os 25 anos para ter uma consulta com o ginecologista.

“Hoje em dia, as pessoas estão iniciando a vida sexual muito cedo, então se você pensar que uma menina começa a ter relações com 15 anos, por exemplo, e o Ministério da Saúde recomenda a coleta só com 25 anos, ela tem dez anos sem um acompanhamento médico. Mesmo com o órgão determinando isso, nós como ginecologistas orientamos que se faça o exame a partir do início da vida sexual”, indica.

O diagnóstico
A médica ainda esclarece que em Campos, quando há um exame preventivo alterado, a paciente é redirecionada para um centro de atendimento terciário, onde será acompanha por um especialista.

“O Hospital Dr. Beda tem um atendimento multidisciplinar, com radioterapia, cirurgia… o serviço funciona bem, pois tudo é muito sistematizado. A paciente vem com a biópsia da Secretaria de Saúde e depois passa por um ginecologista oncológico, que vai analisar se o caso é cirúrgico ou não”, conta.

Demora no tratamento
O problema nesse processo, de acordo com o cirurgião oncológico do Oncobeda, Rodrigo Andrade Torres, é o tempo aproximado para a paciente iniciar o tratamento a partir da data da biopsia pelo SUS.

“O tempo para resultado do exame anatomopatológico do dia da biópsia é de uma média de 30 a 50 dias na nossa cidade. Com muitos problemas no meio do caminho, como consulta com o especialista, exames necessários para o tratamento, até o início deste, o que acaba reduzindo as chances de cura do paciente, porque já chega em estado avançado. Além disso, muitas mulheres não têm acesso ao tratamento completo que inclui radioterapia e braquiterapia”, frisa.

O cirurgião oncológico esclarece também que o principal responsável pelo câncer de colo uterino é o HPV. A transmissão do vírus se dá pelo contato direto com pele ou mucosa infectada. A vacinação, já disponível na rede pública, o uso de preservativo, em conjunto com o exame preventivo (Papanicolaou), se complementam como ações de prevenção deste câncer. As chances de cura variam conforme o estágio da doença, porém, em fases iniciais podem chegar a 100%.

O ginecologista e obstetra, Fernando Azevedo, é o responsável pela emergência ginecológica de Campos e alerta para a questão da morosidade no tratamento, que tem consequências graves.

“Seja por crise financeira ou gestão inadequada, a prevenção primária e secundária no tocante ao câncer de colo uterino tem sido muito negligenciada em nossa região, pois a cobertura do papanicolaou que não atinge 30% da população alvo, ou seja, se quiserem mudar a morbi-mortalidade por essa doença teríamos que atingir mais de
80%, assim teríamos uma mudança radical no perfil epidemiológico. O que temos vivenciado na emergência é que os casos de câncer de colo uterino avançado têm chegado no pronto atendimento com mulheres ainda jovens sangrando, onde é estabelecida clinicamente a hipótese diagnóstica, mas a confirmação depende do exame histopatológico para que sejam encaminhadas para a Unacon, isso muitas vezes, perversamente, leva meses retardando demasiadamente o tratamento e expondo as mulheres e familiares a grandes sofrimentos físicos e psíquicos”, finaliza.

Vacina contra o HPV
A vacina contra o HPV está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas com menos de 15 anos e também para meninos de 12 a 13 anos. As doses, porém, não protegem contra todos os subtipos oncogênicos do vírus. A doença é fator de risco nas mulheres para câncer de colo do útero, vulva, ânus, boca, faringe, além de verrugas genitais e outras infecções. No caso dos homens, a vacina tem como objetivo proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus. Especialistas acreditam que a imunização contra o HPV pode ajudar na redução da incidência
do câncer do colo de útero no futuro.



domingo, 11 de março de 2018

Faetec começará a pagar em abril mais de cinco mil progressões



Professores e funcionários da fundação que tiveram direito reconhecido vão receber os pagamentos já em abril- Foro: O Diário/Arquivo

Após um período de arrocho, mais de cinco mil servidores da Faetec, entre professores, técnicos-administradores, enfim vão começar a receber, no próximo mês, suas progressões salariais por titularidade e desempenho que estão ‘congeladas’ desde maio de 2017. De acordo com a Faetec, os pagamentos foram autorizados pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) e começarão na folha de março, também com os valores retroativos ao período ao qual o funcionário tem direito.

As evoluções nas carreiras foram suspensas em maio passado para todo o estado, por determinação da PGE, devido ao cenário de crise. E a fundação conseguiu aval da Procuradoria argumentando que não havia “subjetividade na concessão do benefício”, pois se trata de “ato administrativo vinculado, ou seja, deve ser concedido por cumprir uma série de requisitos previstos em lei”.

Vale lembrar que as progressões estão previstas no Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCS) de servidores da Faetec. Ao todo, segundo a fundação, 5.534 vínculos terão os seus direitos reconhecidos, sendo que 5.331 servidores serão contemplados com a progressão por desempenho, e outros 203 pela titularidade por adequação de nível (como mestrado e doutorado).

No caso dos 5.331 funcionários, eles receberão a progressão de 7% nos pagamentos a cada dois anos. E, segundo a Faetec, todos esses processos para reconhecimento das evoluções são analisados desde maio, aguardando autorização para pagamento. Para o presidente da Faetec, Miguel Badenes, a medida vai também estimular os profissionais. “É mais do que um reconhecimento. A progressão é obrigação assumida no plano de carreira da fundação. Um incentivo aos servidores que permanecem no quadro da rede para continuar se qualificando e desempenhando um serviço de qualidade. Nossos profissionais merecem esse reconhecimento”, declarou.

O coordenador-geral do SindpeFaetec, Marcos Freitas, calcula um tempo ainda maior do congelamento das progressões: desde a aprovação da calamidade financeira do estado, pela Alerj, em novembro de 2016. Agora, Freitas avalia esse reconhecimento como um avanço. “É muito importante para os servidores a reativação das progressões. Depois de dois anos sofrendo com atrasos salariais e sem a evolução na carreira nossa dignidade profissional está sendo resgatada”, disse.

Publicações no DO


Todos os 230 que têm direito à progressão por titulação já tiveram seus nomes reconhecidos. De acordo com a fundação, o pagamento virá na folha de março de 2018, com efeito retroativo.

Sobre as progressões por desempenho, a Faetec informou que já foram publicadas 1.723 das pendentes, entre novembro de 2016 e março de 2017, sendo implantadas no Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos a partir de segunda. A rede garantiu que, neste mês, outras serão publicadas.

Fonte: O Dia/Coluna do Servidor

Queda de ponte deixa comunidade isolada em SFI e rio transborda em Itaperuna


Reprodução/Vídeo Blog do Adilson Ribeiro

A Defesa Civil Regional ainda está em alerta. Em São Francisco de Itabapoana, no Norte Fluminense, uma comunidade quilombola está isolada e em Itaperuna, no Noroeste, o rio Muriaé transbordou na madrugada desse sábado (10), mas a previsão é que o nível dos rios das duas regiões que recebem água dos rios Carangola e Muriaé, em Minas Gerais, devem baixar.
Em São Francisco de Itabapoana, equipes prestam assistência à comunidade quilombola de Deserto Feliz, que está isolada desde esta sexta-feira (9), quando caiu a ponte que liga a localidade ao distrito campista de Morro do Coco. As famílias receberam alimentos e água potável na manhã deste sábado (10). A informação é do coordenador da Defesa Civil Regional, Joelson Oliveira.

A estrada entre Praça João Pessoa e Deserto Feliz está atolada, com mais de um metro de altura de lama e intransitável para veículos sem tração nas quatro rodas. Não há desalojados ou desabrigados, mas a Defesa Civil do município está recolhendo alimentos e donativos para as 150 famílias da localidade. O ponto de entrega de doações é na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil, na RJ-232, estrada que liga São Francisco a Guaxindiba, na Fazendinha.

Em Imburi, quatro famílias foram desabrigadas e transferidas para um abrigo da prefeitura. São pessoas que tiveram suas casas invadidas pela água, já que manilhas que passam por baixo da RJ-224 não deram vasão à força da água.




Itaperuna - O rio Muriaé transbordou em Itaperuna na madrugada deste sábado (10) e a primeira área a ser alagada foi a avenida Senador Francisco Sá Tinoco (Beira Rio) com a Coronel Emiliano Silva, via ao lado do shopping Bitencourt. As águas também chegando às casas do rua Primeiro de Maio, no outro lado da margem do Muriaé.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil Regional, Joelson Oliveira, a situação de alerta continua, mas o nível dos rios Carangola e Muriaé, em Minas Gerais, já começou a baixar, devendo baixar também o nível dos afluentes no Noroeste Fluminense.
Fmanhã

Sábado violento em Campos com três homicídios

As execuções ocorreram em bairros distintos de Guarus


Jovem foi executado logo após ganhar liberdade (Foto: Divulgação)

Em menos de 12 horas, Campos registrou três homicídios, neste sábado (10). A primeira morte aconteceu ainda pela manhã: logo após deixar a Casa de Custódia Dalton Crespo de Castro, em Campos, ainda no caminho para casa, Clynton Campolina, de 24 anos, foi executado com vários tiros. O crime aconteceu na Estada Santa Rosa, que dá acesso à unidade prisional, em Guarus.

Horas depois, por volta das 13h, um adolescente de 15 anos foi executado no Parque São Silvestre, também em Guarus. A vítima foi atingida na cabeça e abdômen.

Por volta das 15h, Caio Santana de Oliveira foi baleado com dois tiros no rosto, no Parque Santa Clara, também em Guarus. De acordo com a Polícia, ninguém quis dar detalhes ou comentar a execução.

Os corpos foram removidos para o Instituto Médico Legal de Campos e os casos registrados na 146ª Delegacia de Polícia (Guarus).

Baleado – Pouco depois, um homem identificado apenas como Matheus, mais conhecido como fumaça, foi baleado em uma troca de tiros no Parque São José, em Guarus. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital Ferreira Machado.
Terceira Via

Pacientes com câncer confirmam mau atendimento no Álvaro Alvim

 Após denúncia do Jornal Terceira Via, Secretaria de Saúde de Campos faz reunião de emergência com Unacons do município e promete reverter a situação


Portadores de câncer encaminhados para o Hospital Álvaro Alvim reclamam da demora e mau atendimento

Na última edição impressa do Jornal Terceira Via, foi revelado um esquema escandaloso na gestão da Saúde municipal. A denúncia, que já está sendo investigada pelo Ministério Público, aponta para o direcionamento de pacientes com câncer atendidos pela estrutura da Secretaria Municipal de Saúde de Campos para o Hospital Álvaro Alvim, mesmo sabendo que o tempo para um primeiro atendimento nessa unidade é de 40 a 60 dias, enquanto que se esses mesmos pacientes fossem encaminhados ao Hospital Geral Dr. Beda ou à Beneficência Portuguesa, que também atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS), eles seriam atendidos em um dia. Durante toda a semana, e equipe de reportagem do Terceira Via tentou buscar explicações junto aos responsáveis pelo setor em Campos, mas o silêncio e a fuga das perguntas foram as respostas. No entanto, na última sexta-feira (9), uma reunião de emergência convocada pela secretária de Saúde, Fabiana Catalani, com as Unacons do município, tratou da situação e em ata houve o registro da promessa de reverter a situação.

Cláudio Petrucci não dá explicações
Assim que foi revelado o direcionamento de pacientes com câncer de forma privilegiada ao Álvaro Alvim em detrimento das Unidades de Alta Complexidade em Oncologia (Unacons) da Beneficência e do Beda, o coordenador responsável pelo Serviço Estadual de Regulação (SER) de pacientes oncológicos, o médico Cláudio Petrucci foi procurado para dar explicações durante toda esta semana pela reportagem do Terceira Via. Vários telefonemas foram realizados, mas sem sucesso. Petrucci, que chegou a atender uma das ligações, desligou, não atendeu mais às chamadas e se calou. A equipe de reportagem então fez uma tentativa na sede do órgão estadual na Rua Edmundo Chagas. O local fica fechado a maior parte do tempo e está com aparência de abandonado, pois o mato toma conta do pátio. Na sede foi informado que Cláudio Petrucci não trabalhava lá há mais de dois anos, mas em uma sala do Núcleo de Controle e Avaliação da Secretaria de Saúde de Campos.

No Núcleo de Controle e Avaliação, a diretora responsável disse que não dava entrevistas, mas informou que Cláudio Petrucci é representante do Estado e que ele utiliza uma sala cedida pela Prefeitura. A reportagem conversou com a secretária do coordenador do SER, Suzana Lima. Ela informou que Cláudio Petrucci viaja muito a trabalho, e que não tem dia e nem hora exatos para passar pelo setor. Suzana Lima não informou o e-mail do médico para contato e para explicações sobre as denúncias. Ela forneceu então seu próprio correio eletrônico para que enviássemos o pedido de respostas. O e-mail fornecido por Suzana apresentou falha e retornou como não existente. Também pela segunda semana, o jornal fez contato por telefone e por e-mail com a Secretaria Estadual de Saúde, na busca por uma resposta do órgão. Os e-mails sequer foram respondidos. Um e-mail também foi endereçado ao governador Luís Fernando Pezão sobre a má gestão do SER em Campos, que em resposta prometeu mandar averiguar toda situação.

Centro da Mulher nega informação
No Centro da Mulher, setor ligado à Secretaria Municipal de Saúde para atendimento de diversas especialidades médicas, houve mais dificuldades de respostas sobre como está funcionando o serviço, principalmente das pacientes oncológicas do município. Uma funcionária identificada apenas pelo nome de Claudecir disse que não poderia dar nenhum tipo de informação à imprensa. Ela sugeriu que procurássemos por telefone a diretora do setor, a médica Leila Werneck. Durante toda a semana, o telefone celular indicado por Claudecir dava sinal de ocupado permanentemente, impossibilitando assim qualquer contato com a diretora do Centro da Mulher para esclarecimentos do porquê, entre outras perguntas, de pacientes diagnosticadas com câncer de colo de útero serem encaminhadas para o Álvaro Alvim, mesmo sabendo que lá não dispõe do equipamento que faz a braquiterapia, que é específico para o tratamento desse tipo de câncer e que só o Hospital Dr. Beda tem.


Ana Cláudia foi encaminhada da UBS do Jóquei direto para o Álvaro Alvim

O drama de pacientes com câncer em Campos
Quando identificado no estágio inicial, o câncer pode ser tratado e curado na maioria das vezes. O problema é a dificuldade pela qual passa boa parte dos pacientes do Sistema Único de Saúde, com diagnósticos demorados ou nem realizados em tempo hábil. Esta situação está sendo vivida na pele por diversos pacientes em Campos. É o caso da garçonete Ana Cláudia Pereira Nunes, de 45 anos, moradora do bairro Jóquei Clube. Em setembro de 2017, ela foi apontada com suspeita de câncer de mama. Passou pelo Hospital Escola Álvaro Alvim, mas durante quatro meses não conseguiu se tratar na unidade hospitalar.

Ana Cláudia contou que em um Posto Médico do bairro onde mora, um profissional examinou seu seio que tinha secreção e sangramento. Ela foi encaminhada para o Hospital Álvaro Alvim com pedido urgente de exames. Uma biópsia seria necessária para esclarecer o problema e o tipo de tratamento adequado, mas isso não aconteceu.

“Eu insisti com a atendente para que fossem feitos os exames porque o médico escreveu a palavra “urgente” no pedido. Ela disse que todos os médicos faziam isso em se tratando de câncer, e que a Prefeitura não tinha repassado verbas para o Álvaro Alvim, e por isso, não poderia autorizar os exames, a não ser que eu pagasse 700 reais só para a biópsia, fora os outros exames”, disse.

Sem dinheiro teve que esperar
Sem recursos para pagar os exames, Ana Cláudia tentou contar com ajuda de pessoas conhecidas, mas sem sucesso. Ela preferiu esperar a autorização para fazer gratuitamente pelo SUS. Esta situação se arrastou até dezembro de 2017. Graças a uma cliente da lanchonete em que trabalha, Ana Cláudia foi informada que poderia procurar outra Unacon, e foi indicada em janeiro para o setor de oncologia do Hospital Geral Dr. Beda. “Eu sou leiga e não sabia que o Beda tratava câncer pelo SUS, pois fui encaminhada apenas pelo Álvaro Alvim”, lamentou.

Segundo Ana Cláudia, a demora no diagnóstico pode ter contribuído para a evolução do câncer. “Meu caso é gravíssimo. Desde que cheguei ao Oncobeda, fiz todos os exames de graça pelo SUS e fui muito bem tratada. Já comecei a quimioterapia e estou lutando pela vida. Sou mãe solteira de quatro filhos e minha família depende de mim”, contou. Antes de começar o tratamento, a paciente fez os exames de hemograma, tomografia, imunostoquímica, cintilografia e ecocardiograma. A queixa de Ana Cláudia Nunes foi parar na rede social Facebook.

“Foi o único modo que consegui para protestar. A Saúde em Campos está um caos. No Hospital Geral de Guarus, tive muitas dificuldades e também no Álvaro Alvim, desde que fui encaminhada para tratar o meu seio afetado. Não entendo porque tive que esperar tanto para exame e diagnóstico no Álvaro Alvim, se no Oncobeda fui atendida rapidamente”, criticou.

Outro caso
Há dois anos, o comerciante Antônio Abud viveu situação semelhante a de Ana Cláudia Nunes. Com suspeita de câncer na próstata, ele foi encaminhado para se tratar no Hospital Álvaro Alvim. Depois de fazer exames e esperar mais de um mês para começar a radioterapia sem conseguir, ele estranhou a demora para iniciar o tratamento pelo SUS.

“No comércio a gente faz amizades, e um amigo me sugeriu procurar o Hospital Dr. Beda. Lá, me pediram todos os exames já feitos anteriormente. O médico estranhou que no Álvaro Alvim não foi feita uma ressonância magnética. Fiz este exame no Beda rapidamente pelo SUS e descobri que o câncer na próstata estava quase atingindo outros órgãos. Se demorasse mais um pouco, nem sei se estaria vivo para contar. Fiz 37 sessões de radioterapia e estou bem. As pessoas precisam de carinho e atenção quando estão doentes de câncer. É um momento difícil. Eu acho que as pessoas não podem ser mal atendidas como eu fui no Álvaro Alvim”, desabafou.


José Maria Miro buscou ajuda de amigos para comprar remédio de R$ 8 mil

Professor vítima de erro
O professor do curso de geografia do Instituto Federal Fluminense (IFF), José Maria Ribeiro Miro, de 56 anos, também denuncia mau atendimento. Ele não teve a oportunidade de escolher o local de tratamento, diferente do que a Prefeitura de Campos afirmou, na última reportagem do Jornal Terceira Via. José Maria ao sentir fortes dores na perna direita, em outubro do ano passado, foi socorrido para o Hospital Ferreira Machado onde os médicos descobriram que ele tinha câncer renal e metástase nos pulmões e no fêmur direito.

“Fiquei 15 dias internado no HFM esperando uma vaga para o tratamento especializado de câncer. Depois desse período, surgiu uma vaga no Hospital Álvaro Alvim. Os médicos me recomendaram um remédio caríssimo, que custa R$ 8 mil a caixa e me indicaram tratar primeiro o fêmur, para que eu voltasse a ter mobilidade. Eu fiquei feliz com essa decisão”, contou José Maria.

Ao descobrir a doença, amigos e familiares começaram uma campanha para ajudar na compra do remédio. Um desses amigos, Sérgio Senna, que mora no Rio de Janeiro contou que passou a se aprofundar nas pesquisas sobre o câncer e descobriu que o remédio receitado não era o indicado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tipo de tratamento.

“Além disso a família ficou insegura em aplicar, pois poderia causar sangramento no nariz, fígado e até parada cardíaca. Quando, enfim, conseguimos uma nova consulta, os médicos não tocaram no paciente. Não foi pedido nenhum exame ou foi dado algum encaminhamento, enfim, um descaso sem igual”, desabafou.

Tamanho descaso no atendimento fez os familiares tentarem, por conta própria, uma consulta especializada no Instituto de Traumatologia e Ortopedia (INTO), no Rio de Janeiro. “Para minha surpresa, ao chegar no INTO, o médico disse que há um protocolo a ser seguido e, por isso, não poderia me atender enquanto o câncer primário, no rim, não fosse tratado. Voltei para Campos triste e comecei uma nova saga para conseguir ser operado no Álvaro Alvim”, o que aconteceu no dia 18 de dezembro de 2017, dois meses após a descoberta do câncer.

Após se recuperar da cirurgia, José Maria fez cinco sessões de radioterapia, encerradas no dia 16 de janeiro. Mas o que ele pensava ser, enfim, o início de uma recuperação, se transformou em abandono. “A consulta que já estava agendada, foi desmarcada, ficamos vários dias indo ao hospital para tentar nova consulta e, enfim, pegar a receita médica, mas sequer, achávamos os médicos lá. O que era mais difícil nós já tínhamos, que era o remédio caro. Só fomos atendidos em 5 de março”, disse Janaína Santos Lima Miro, mulher de José Maria.


Beneficência Portuguesa teve redução de pacientes oncológicos

Beneficência também denuncia
Além da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia do Álvaro Alvim, Campos possui outras duas Unacons: no Hospital Geral Dr. Beda e na Beneficência Portuguesa. De acordo com a diretora da Unacon da Beneficência Portuguesa, a médica Ionilda Velloso de Carvalho, desde o ano passado houve uma diminuição drástica de pacientes encaminhados pela Secretaria Municipal de Saúde para se tratarem no hospital.

“Eu percebi que a redução maior ocorre há seis meses. Estamos praticamente com demandas ociosas no setor de oncologia referentes a novos pacientes. Por exemplo, houve um mês que recebemos apenas um paciente novo com câncer. Isto causa estranheza, pois é sabido que o Hospital Álvaro Alvim vem alcançando muito mais atendimentos de pacientes. Eu não fiz uma reclamação por escrito junto à Secretaria de Saúde, mas pude manifestar verbalmente meu descontentamento sobre essa situação com o setor público, pois nosso hospital tem todas as condições de tratar pacientes oncológicos com presteza e agilidade”, disse a diretora da Unacon da Beneficência.

Solução em reunião de emergência na Saúde
Após a grande repercussão da reportagem do Jornal Terceira Via, na última sexta-feira (9), a secretária municipal de Saúde, Fabiana Catalani, realizou uma reunião com os representantes das três Unacons instaladas no município (Álvaro Alvin, Hospital Dr. Beda e Beneficência Portuguesa) para tratar do assunto. Foi estabelecido como regra que para o primeiro acesso às consultas oncológicas o paciente deverá obrigatoriamente comparecer ao Núcleo de Controle e Avaliação da Secretaria de Saúde para receber as devidas orientações e as diferentes opções de locais de atendimento, com datas prováveis de primeira consulta, equipe médica, bem como a qualificação dos serviços de cada hospital, abolindo a entrega de envelopes fechados que eram encaminhados diretamente para inserção no

Serviço Estadual de Regulação (SER).
Durante a reunião, que teve momentos de tensão, o médico Frederico Paes Barbosa, defendendo os interesses do Hospital Álvaro Alvin, pediu para que constasse em ata sua discordância com a nova metodologia de atendimento aos pacientes com câncer em Campos. A decisão tomada na reunião visa equilibrar o sistema e beneficiar diretamente os pacientes com câncer, que agora terão acesso mais rápido e eficaz para tratar a doença.

Confira da ata da reunião entre Fabiana Catalani e representantes das três Unacons:





Sistema atualizado da UFRJ é usado pelo maior laboratório de partículas do mundo

Um sistema atualizado de filtragem online de elétrons desenvolvido por pesquisadores do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), será utilizado este ano pelo Atlas. Trata-se do maior detector de partículas da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern) do mundo.

O Cern investiga a origem do universo. Versão anterior do sistema denominado Neuralringer, da Coppe, foi aprovado pelo Cern em 2016 e utilizado no ano seguinte. A solução foi desenvolvida por um grupo de cientistas, sob a supervisão do professor do Programa de Engenharia Elétrica da Coppe, José Manoel de Seixas, que coordena a equipe brasileira no Atlas.

“Foi feita uma nova atualização do sistema, e a gente vai começar a colidir durante 2018, antes que o Atlas pare para novos upgrades (avanços) e para retomar com a máquina colidindo mais forte do que está colidindo agora”, disse Seixas à Agência Brasil. O sistema da Coppe possibilitará ao Cern fazer novas descobertas com menor custo financeiro.


A versão anterior do sistema denominado Neuralringer, da Coppe, foi aprovado pelo Cern em 2016 e utilizado em 2017. – Foto: Internet/Divulgação

A estimativa é que o Cern deixe de comprar até 10 mil computadores com quatro núcleos de processadores cada, o que significa economia em torno de US$ 80 mil, informou o professor da Coppe. No momento, o Cern está aumentando o número de choques entre prótons para ampliar os eventos físicos, essenciais à investigação e à descoberta de possíveis novas partículas, a exemplo do que ocorreu com o bóson de Higgs, a chamada “partícula de Deus”, em 2012.

A comprovação da existência do bóson de Higgs rendeu aos cientistas Peter Higgs e François Englert o Prêmio Nobel de Física de 2013. O objetivo agora é descobrir se o bóson de Higgs é único ou se se desdobra em outros modelos. “A gente agora quer ver coisas que são ainda mais raras. Agora, eu faço uma colimação maior e aumento muito as chances de bater próton com próton”, explicou Seixas.

A ideia é com menos tempo descobrir coisas mais complicadas. “A experiência pressupõe identificar eventos dessas colisões que são muito raros”, afirmou Seixas. Os pesquisadores do Cern querem aumentar o número de eventos por colisão de 25 para 88, este ano, elevando para 200, até 2024.

Isso aumentaria exponencialmente o volume de dados gerados de interesse científico. O Neuralringer permite encontrar eventos físicos de interesse nesse “palheiro” que não para de crescer. “A gente é capaz de rejeitar mais rapidamente os eventos que não têm chance de interessar ao Atlas e que antes dependiam de uma análise de processamento de imagens que era muito pesada”.

FONTE: Agência Brasil


sábado, 10 de março de 2018

Três da família Garotinho na mira do STF


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello determinou a abertura de inquérito para apurar suspeitas dos crimes de resistência e desacato pelos ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho e pela filha do casal, a deputada federal licenciada Clarissa Garotinho (PRB-RJ), hoje secretária de Desenvolvimento, Emprego e Inovação do Rio.
O inquérito, instaurado a pedido da procuradora-geral da República Raquel Dodge, vai investigar se houve “resistência à ordem judicial” e “desacato” no episódio de novembro de 2016, quando Garotinho foi preso pela primeira vez no caso Chequinho. Ele foi levado à superintendência da Polícia Federal e seria encaminhado para Campos, mas passou mal. Foi internado no Souza Aguiar, mas funcionários denunciaram regalias a ele e à família. Assim, a Justiça determinou a transferência para Bangu. Clarissa — que estava no hospital — tentou impedir a transferência através de telefonemas e até colocando um médico para falar com os policiais federais que estavam ali para cumprir a ordem judicial.
Rosinha também estava no quarto e tentou segurar o marido para que não fosse levado.

A transferência aconteceu, mas em meio a tumulto. Viralizou um vídeo em que Garotinho tenta se levantar da maca ao ser levado para a ambulância e é contido por policiais que o escoltavam para sua transferência.

A Procuradoria-Geral da República, que pediu a instauração do inquérito, quer investigar se Garotinho e seus familiares resistiram à ordem judicial de transferência do ex-governador e se desacataram os policiais que realizaram a transferência.
O processo tramita no STF já que Clarissa, por ser deputada licenciada, tem foro privilegiado no tribunal.

A Folha da Manhã tentou contato com a assessoria de Clarissa Garotinho, mas não obteve resposta. Enviou e-mail à assessoria do casal Garotinho, mas também sem retorno.


Chuva provoca transbordamento de rio, deixa casas inundadas e ruas alagadas em Itaocara



O nível do rio, no entanto, voltou ao normal na manhã desta sexta-feira (9). Foto: Divulgação/Defesa Civil

A chuva provocou o transbordamento de um rio, deixou casas inundadas e ruas alagadas nesta quinta-feira (8) em Itaocara, no Noroeste Fluminense. Segundo a Defesa Civil, choveu cerca de 80 mm em apenas 40 minutos. De acordo com o órgão, as principais vias da cidade foram interditadas. Ninguém ficou ferido e não há registro de desalojados.

Um alerta chegou a ser emitido pela Defesa Civil recomendando que moradores evitassem sair de casa. Ainda de acordo com a Defesa Civil, o Córrego Santo Antônio não suportou o volume da chuva e inundou no sentido dos bairros Caxias e Centro. O nível do rio, no entanto, voltou ao normal na manhã desta sexta-feira (9).

Empregadas domésticas receberão o mínimo de R$ 1.193,36 retroativo a janeiro no RJ

Com efeito retroativo a 1º de janeiro deste ano, o piso regional de mais de 170 categorias de empregados da iniciativa privada que não têm salário definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo no Estado do Rio de Janeiro (RJ), será reajustado em 5%. Segundo a Assembleia Legislativa (Alerj), o aumento tem efeito retroativo a 1º de janeiro deste ano. Com isso as seis faixas salariais terão valores entre R$ 1.193,36 e R$ 3.044,78. A determinação é da Lei 7.898/18, sancionada pelo governador Luiz Fernando Pezão e publicada no Diário Oficial do Executivo desta quinta-feira (08).

“O governador vetou a inclusão das seguintes categorias na lei do piso: técnicos de nível médio regularmente inscritos nos conselhos regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, marinheiros de esportes e recreio e jornalistas”, informa a Alerj em release encaminhado ao jornal O Diário, no qual diz ainda que a mudança foi aprovada no dia 7 de fevereiro, com a inclusão de profissionais como economistas, pedagogos (faixa VI) estoquistas (faixa III), fotógrafos (faixa V), baristas (faixa III), entrevistadores sociais (faixa IV), casqueadores e ferradores de animais (faixa III). A proposta inicial do governo era de 2,52%.

A matéria explica que a Alerj aumentou esse percentual para 5% por 39 votos favoráveis, cinco votos contrários e uma abstenção. “Os parlamentares fizeram 125 emendas ao projeto enviado pelo Executivo. No geral, as modificações incluíram categorias que não estavam contempladas na lei vigente e modificaram a faixa salarial de algumas categorias. Os técnicos em radiologia, por exemplo, subiram da faixa IV, com salário de R$ 1.605,72, para a faixa V, com vencimentos de R$ 2.421,77. Já os professores do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), com carga horária semanal de 40 horas, subiram da faixa V para a faixa VI, e passarão a ganhar, no mínimo, R$3.044,78”. O Diário publica, a seguir, os valores de algumas categorias.

Faixa I – R$ 1.193,36: Trabalhadores agropecuários; empregados domésticos; trabalhadores de serviços de conservação e manutenção; auxiliar de serviços gerais e de escritório e guardadores de veículos, entre outros.

Faixa II – R$ 1.237,33: Trabalhadores da construção civil; carteiros; cozinheiros; operadores de caixa; cabeleireiros e manicures; motoboys; comerciários; pintores; pedreiros e garçons, entre outros.



Alerj explica que determinação é da Lei 7.898/18, sancionada pelo governador Luiz Fernando Pezão e publicada no Diário Oficial do Executivo desta quinta-feira. – Foto: Divulgação/Google

Faixa III – R$ 1.325,31: Baristas, estoquistas, casqueadores e ferradores de animais, soldadores; agentes de trânsito; telefonistas e operadores de telemarketing com jornada de 180 horas mensais; condutores de veículos de transportes; porteiros; eletricistas; frentistas; bombeiros civis e auxiliares de enfermagem, entre outros.

Faixa IV – R$ 1.605,72: Entrevistadores sociais, técnicos em enfermagem; trabalhadores de nível técnico registrados nos conselhos de suas áreas; técnicos em farmácia; técnicos em laboratório e bombeiro civil líder, entre outros.

Faixa V – R$ 2.241,77: Técnicos em radiologia, fotógrafos, técnicos de eletrônica; motoristas de ambulância; intérprete de Libras; técnicos de segurança do trabalho e técnicos de instrumentalização cirúrgica, entre outros.

Faixa VI – R$ 3.044,78: Professores de Ensino Fundamental (1° ao 5° ano) com regime semanal de 40 horas, economistas, pedagogos, contadores; psicólogos; fisioterapeutas; sociólogos; assistentes sociais; biólogos; nutricionistas; bibliotecários e enfermeiros, entre outros.

FONTE: Redação com Agência Brasil

Previsão é de mais chuva para o Estado do Rio até o fim de semana



A região dos Lagos e o Norte Fluminense permanecem em alerta para chuva volumosa nesta sexta. Foto: Arquivo/ O Diário

A combinação da passagem de uma frente fria pelo litoral da Região Sudeste, com a grande disponibilidade de ar quente e úmido e a uma circulação de ventos que força a concentração de umidade ainda vão gerar grandes e fortes áreas de instabilidade sobre o Estado do Rio de Janeiro. A previsão é do site Climatempo, que alerta para a possibilidade de chuva para esta sexta-feira e de temporal para o fim de semana. O risco de chuva forte nos próximos dias não se restringe a cidade do Rio de Janeiro, englobando outras regiões do estado.

A chuva diminui na Região Serrana, em Angra dos Reis, na Costa Verde, e no Sul Fluminense nesta sexta, mas fortes pancadas de chuva podem ocorrer no fim de semana, assim como na Região Metropolitana. A região dos Lagos e o Norte Fluminense permanecem em alerta para chuva volumosa nesta sexta, com risco de alagamentos. Em Santo Antônio de Pádua, o rio Pomba subiu e atingiu a cota de alerta, segundo o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Em Areal, na Região Serrana, o volume médio de chuva de todo o mês de março caiu em 12 horas.

Segundo o sistema Alerta Rio, da prefeitura, a previsão para o município do Rio nesta quinta-feira é de predomínio de céu nublado, com chuva fraca a moderada no acumulado ao longo de uma hora de chuva, principalmente no período da tarde de hoje. Pode haver pancadas rápidas e fortes, em curtos períodos de duração. Os ventos estarão predominantemente moderados e as temperaturas apresentarão declínio, com máxima prevista de 29 graus.

Em Petrópolis, um menino de 7 anos morreu soterrado num deslizamento de terra na manhã desta quinta-feira, no Morro do Querosene, no distrito da Posse. Uma barreira teria atingido o quarto da criança. Outras duas pessoas estavam na casa, mas conseguiram ser resgatadas. O município está em estágio de atenção. A Defesa Civil orienta a população a ter atenção em função dos acumulados que deixam o solo encharcado. Nas últimas 24 horas, o índice pluviométrico acumulado na Posse foi de 137 milímetros.

Fonte: Redação/Extra