Espaço colaborativo guarda objetos e imagens com valor histórico para a comunidade local.
São João da Barra, 31 de janeiro de 2012 - O primeiro Espaço de
Memória de São João da Barra começará a funcionar hoje, 31 de janeiro,
na Colônia de Pescadores Z2, em Atafona. O espaço reúne materiais –
objetos e imagens – que contam a história da região
e das comunidades locais e tem o objetivo de funcionar como catalisador
de novas idéias baseadas na cultura da região.
Montado de forma colaborativa, o espaço conta com doações e com a
contribuição de moradores para contarem as histórias que formam a
cultura e as tradições das comunidades tradicionais do município.
Assim como o Centro de Conhecimento, inaugurado em julho de 2011, o
Espaço de Memória faz parte do programa de Gestão Integrada do
Território do Açu. Ambos espaços visam unir pessoas e forças para o
desenvolvimento futuro da região.
Marco Antonio Marinho, coordenador do Centro de Conhecimento de São João
da Barra, explicou que o espaço de memória é uma ferramenta chave para
conjugar economia e cultura, ajudando a manter identidades culturais em
meio a mudanças econômicas.
O espaço é ao mesmo tempo global e local na medida em que ele articula
redes comunitárias outras cidades de outros países. “É um espaço vivo,”
disse Marcos, destacando que a presença das pessoas é fundamental para
mantê-lo assim. De acordo com Marcos, toda
a comunidade está convidada a participar na organização de debates,
encontros, reuniões e na doação contínua de materiais.
Paula Kreimer, técnica da equipe de Gestão Integrada do Território do
Instituto BioAtlântica adicionou: “As memórias nos ajudam a entender de
onde viemos e para onde queremos ir. Esperamos que elas inspirem as
pessoas a criarem coisas novas baseadas na sua
cultura e nas suas especialidades locais.”
O Espaço de Memória da Colônia de Pescadores Z2 é uma iniciativa da
comunidade em parceria com o Instituto BioAtlântica, O Instituto
Politécnico de Tomar, o Instituto Terra e Memória e o Grupo EBX. O
espaço fica na rua Nossa Senhora da Penha 58, em Atafona.
Conheça a GIT
A GIT é um conjunto
de metodologias desenvolvidas por pesquisadores do Brasil e de Portugal
orientadas para a integração das intervenções humanas (das empresas, do
poder público, das ONGs e dos cidadãos em geral)
no território, visando o desenvolvimento sustentável.
A GIT parte da
compreensão de que a realidade é sempre integrada, embora nossas ações
possam não o ser, seja porque cada um olha para a sua especialidade,
seja porque o entendimento de cada um sobre a realidade
depende de sua formação cultural. Diferentes culturas “enxergam”
diferentes detalhes no território, e isso provoca muitas vezes
equívocos, tensões, conflitos e desperdício de investimentos.
Assim, a GIT agrega
ao “tripé da sustentabilidade” (economia, sociedade, ambiente) a
dimensão da cultura e do patrimônio. Esta articulação permite usar ao
máximo os novos conhecimentos gerados pela pesquisa em
favor de soluções logísticas cada vez mais eficientes e sustentáveis.