Belo Horizonte (MG) - O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como operador do esquema do mensalão, foi preso na madrugada desta sexta-feira em Belo Horizonte, em uma operação da Polícia Civil da Bahia. Batizada de Operação Terra da Nunca, a ação desmantelou um esquema de grilagem de terras no Estado. Foram emitidos 23 mandados de prisão, busca e apreensão, nos municípios de Barreiras, Santa Maria da Vitória e São Desidério. Segundo a polícia, 15 pessoas foram presas nesta sexta-feira, em Minas, São Paulo e Bahia.
Valério foi preso na capital mineira junto com outras três pessoas, todas elas sócias da DNA Propaganda, uma das agências do publicitário envolvidas no esquema que deu origem à crise política de 2005, a maior vivida pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os presos, estão Ramon Hollerbach, Francisco Marcos Castilho Santos e Margaretti Maria de Queiroz Freitas. O mandado de prisão é assinado pelo juiz de Direito da comarca de São Desidério (BA). Entre os presos, estão ainda empresários, advogados e oficiais de cartórios de registro de imóveis.
Até o fim da manhã, os advogados de Valério ainda levantavam detalhes da operação. "Ainda temos poucas informações sobre o caso e vamos pedir acesso à cópia do inquérito e aos detalhes da operação", disse ao iG o advogado Marcelo Leonardo, que atende o publicitário, acrescentando que um integrante da equipe jurídica foi deslocado para a Bahia para ter acesso aos autos da investigação.
“A única coisa que vimos foi o mandado de prisão”, completou. Segundo ele, apenas pelo teor do documento é possível dizer que a prisão é ilegal, pois o mandado não especifica os crimes em apuração. Ele confirmou ainda que todos os presos seriam levados ainda hoje para a Bahia em avião.
Investigação
A investigação que resultou na prisão de Valério e dos demais envolvidos durou 17 meses, segundo a polícia baiana. Em 2005, quando vieram à tona operações da DNA em suposta compra de fazendas fantasmas na região, soube-se que as terras haviam sido penhoradas pelo INSS como garantia de pagamento de uma dívida cobrada pelo órgão à agência e que à época superava R$ 8 milhões.
Entre os crimes em apuração, segundo o Ministério Público da Bahia, estão corrupção ativa, falsificação de documentos e falsidade ideológica. As práticas irregulares envolviam falsificação de documentação de imóveis inexistentes e de áreas reais da União, para que servissem de garantia em dívidas com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Entre o final de 2008 e o começo de 2009, Valério passou 97 dias preso em processo em que é acusado de forjar um inquérito policial para prejudicar dois fiscais da Receita que haviam multado a cervejaria Petrópolis. O caso não tem relação com o escândalo do mensalão, esquema de compra de votos e financiamento irregular de campanhas eleitorais supostamente levado a cabo pelo PT no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O processo do caso está em fase final de tramitação no STF (Supremo Tribunal Federal).
As informações são do IG
Valério foi preso na capital mineira junto com outras três pessoas, todas elas sócias da DNA Propaganda, uma das agências do publicitário envolvidas no esquema que deu origem à crise política de 2005, a maior vivida pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Entre os presos, estão Ramon Hollerbach, Francisco Marcos Castilho Santos e Margaretti Maria de Queiroz Freitas. O mandado de prisão é assinado pelo juiz de Direito da comarca de São Desidério (BA). Entre os presos, estão ainda empresários, advogados e oficiais de cartórios de registro de imóveis.
Marcos Valério foi preso sob a acusação de prática de grilagem na Bahia | Foto: Charles Silva Duarte / O Tempo
Marcos Valério é apontado pela Procuradoria-Geral da República como um dos principais envolvidos no escândalo do mensalão, como ficou conhecido o susposto esquema de pagamento de propina a parlamentares em troca do apoio político no Congresso. A prisão, segundo a assessoria jurídica do publicitário, não tem relação com a crise de 2005.Até o fim da manhã, os advogados de Valério ainda levantavam detalhes da operação. "Ainda temos poucas informações sobre o caso e vamos pedir acesso à cópia do inquérito e aos detalhes da operação", disse ao iG o advogado Marcelo Leonardo, que atende o publicitário, acrescentando que um integrante da equipe jurídica foi deslocado para a Bahia para ter acesso aos autos da investigação.
“A única coisa que vimos foi o mandado de prisão”, completou. Segundo ele, apenas pelo teor do documento é possível dizer que a prisão é ilegal, pois o mandado não especifica os crimes em apuração. Ele confirmou ainda que todos os presos seriam levados ainda hoje para a Bahia em avião.
Investigação
A investigação que resultou na prisão de Valério e dos demais envolvidos durou 17 meses, segundo a polícia baiana. Em 2005, quando vieram à tona operações da DNA em suposta compra de fazendas fantasmas na região, soube-se que as terras haviam sido penhoradas pelo INSS como garantia de pagamento de uma dívida cobrada pelo órgão à agência e que à época superava R$ 8 milhões.
Entre os crimes em apuração, segundo o Ministério Público da Bahia, estão corrupção ativa, falsificação de documentos e falsidade ideológica. As práticas irregulares envolviam falsificação de documentação de imóveis inexistentes e de áreas reais da União, para que servissem de garantia em dívidas com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Entre o final de 2008 e o começo de 2009, Valério passou 97 dias preso em processo em que é acusado de forjar um inquérito policial para prejudicar dois fiscais da Receita que haviam multado a cervejaria Petrópolis. O caso não tem relação com o escândalo do mensalão, esquema de compra de votos e financiamento irregular de campanhas eleitorais supostamente levado a cabo pelo PT no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O processo do caso está em fase final de tramitação no STF (Supremo Tribunal Federal).
As informações são do IG